A evolução da espécie

Acredito existirem ainda pessoas que têm alguns momentos de reflexão, principalmente após passarem por situações de perigo de morte, e então começam a se perguntar: “De onde viemos e aonde estamos indo?” “Afinal, descendemos de Adão e Eva ou da evolução do macaco?” “Qual o objetivo da vida?” “O que será o tal do Juízo Final e do Reino dos Céus na Terra?” “Por que existem conflitos entre as religiões e a ciência?” Pois bem, vamos fazer um apanhado, na procura de esclarecer essas dúvidas.

Também acredito que muitos já ouviram a expressão: “Do pó surgimos e para o pó retornaremos” – isto não explica muita coisa, visto não ter nem fundamento científico, nem religioso e, muito menos, filosófico. Acho que isso quer dizer que nascemos a partir de uma célula, decorrente de um óvulo fecundado, até chegarmos à morte, quando somos enterrados e decompostos; porém essa teoria é puramente materialista, porque está se baseando apenas no nosso corpo físico, que não passa de um simples instrumento passageiro para que o espírito evolua por gerações. Essa falácia dá margens para um montão de discussões incongruentes, portanto fica no limbo das opiniões opostas entre cientistas e eclesiásticos defasados no tempo.

Charles Darwin lançou sua famosa teoria da evolução humana, declarando que o homem descende do macaco, porém, antes de evoluirmos até ao homo sapiens, segundo estudos e descobertas paleontológicas, sabe-se que o ser humano vem de uma evolução a partir de há mais de um milhão de anos, considerando-se apenas “muito próximo” à constituição dos símios, que continuam sendo macacos até hoje. Na verdade, a essa criatura foi-lhe dado o nome de Pithecanthropus erectus, que quer dizer homem-macaco de pé, até chegar há mais ou menos trinta mil anos atrás, com o surgimento do Homem de Cro-Magnon (homo sapiens ou homem que raciocina). Vejam que ainda hoje se considera que os macacos têm muita semelhança com os humanos, porém continuam tendo a mesma constituição da sua espécie animal, apesar da passagem de milhões de anos, ao passo que o homem evoluiu o suficiente para chegar à condição de ser humano, capaz de amar, de raciocinar, de falar, de escrever, de fazer arte, de produzir bens complexos etc..

Contrapondo-se à teoria darwiniana vamos encontrar os religiosos que acreditam na história de Adão e Eva, levando ao pé da letra esse simbolismo arcaico, que não tem espaço nos conhecimentos da atualidade, ou seja, a discussão científico-religiosa dessas duas correntes não passa de apenas o pagamento de um grande “mico” – é o roto falando do esfarrapado.

A verdade é que o Criador planejou o ser humano como tal, já no primeiro momento, mas o fez passar por um longo processo de evolução, juntamente com os demais seres, até o momento em que ele estivesse apto a receber em seu espírito a partícula divina, que lhe dá a caracterização de obra-prima da Natureza. É essa centelha de Deus que destaca o homem dos demais seres viventes do Planeta, embora todos eles também possuam espírito. O ser humano recebeu em sua alma a força mais pura do universo, vindo diretamente do Criador, portanto até o pior dos bandidos possui essa partícula em seu íntimo espiritual, com a diferença que ele, através de ações voluntárias negativas, por séculos e séculos, criou uma “casca” tão grossa em redor dessa centelha, que ela ficou impedida de se manifestar em sua defesa, levando essa criatura à autodestruição, após o Juízo Final, cujo desenrolar já está sendo uma realidade.

Aqueles que conseguirem dissipar as máculas (ou pecados) que emporcalham o próprio espírito, com a mudança para pensamentos, palavras e ações positivistas, de acordo com a natureza, estarão participando na construção do Paraíso Terrestre, para o qual serão dirigidos todos aqueles que conseguirem crescer em individualidade, o bastante para ganharem o mérito e o nível suficientes para tal. Esse caminho pode ser chamado de “a volta para o Reino dos Céus”, daí podermos concluir que “Do Supremo surgimos e para o Supremo retornaremos”. É claro que essa “fórmula” só terá final feliz para os que se aproveitarem das últimas chances que estão sendo oferecidas por Deus.

Moacyr de Lima e Silva
Enviado por Moacyr de Lima e Silva em 29/07/2009
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