Olha a crise aí, gente!

A iminência de extinção de muitas espécies de animais e de plantas é diretamente proporcional às ações predatórias do ser humano, que estão destruindo o ecossistema e, por tabela, a vida humana do Planeta; isto é líquido e certo, sem contestação. Acontece que os bichos e as plantas têm sentidos e instintos aguçadíssimos, que extrapolam de muito os dos homens, porque eles vivem de forma selvagem, não racional, e assim são obrigados a se integrarem com a natureza, de maneira a se perpetuarem de forma ecologicamente equilibrada. Ora, se o ser humano, que veio a este mundo para construir um ambiente de características paradisíacas, através da integração entre a vida racional e a selvagem, continuar esculhambando com o habitat mundial, provocando assim o desequilíbrio definitivo da ordem natural da vida terrestre, a tendência irreversível será tudo desaparecer, debaixo de muita desgraceira e sofrimentos inomináveis. _Alguém se aventura a me contestar?

O homem não possui essa grande sensibilidade de integração com o mundo natural, porque a ele foi dada a capacidade do raciocínio, o que lhe permite analisar os fatos, tirar conclusões e assim decidir o que fazer, ou seja, o ser humano tem a capacidade de interagir com a natureza através do livre arbítrio, o que prova ser ele o pico da criação. Desde a Idade da Pedra, o terráqueo enfrenta grandes dificuldades a serem ultrapassadas, pois a sua fragilidade física perante os fenômenos naturais e, principalmente, perante a vida selvagem primitiva, tinha que ser compensada por sistemas de defesas artificiais, criadas pela genialidade do cérebro. Durante milhares de anos o homem enfrentou toda a sorte de problemas, obrigando-o a seguir o roteiro do desenvolvimento material, incluindo-se nesse contexto os obstáculos criados por ele mesmo, conforme foram surgindo os conflitos, as doenças e as posses de bens.

O gênio Albert Einstein já dizia que a crise é a melhor bênção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque é ela que provoca o progresso; é daí que nascem as invenções, os desenvolvimentos e as grandes estratégias, pois o comum é as pessoas esperarem pelas saídas através de soluções fáceis e de manterem indefinidamente o “status quo”, por preguiça e acomodação. Então devemos levantar as mãos para os Céus e agradecermos à nova crise econômica mundial, principalmente por ela não ter sido apenas uma “marolinha”, como foi irresponsavelmente propalado por aí. Essa crise veio em boa hora, porque, a continuar do jeito que estava, por conta das grandes especulações e com créditos fáceis, a torto e a direito, mesmo que a juros altos, iríamos cair em uma recessão mundial de tal monta, a ponto de haver, isso sim, um colapso econômico-financeiro mundial, de proporções absurdamente catastróficas, embora haja muito a se fazer para sairmos dessa, se não quisermos vir a passar fome, em futuro próximo.

O grande Einstein deixou claro que ficar falando e se lamentando da crise é o mesmo que promovê-la, e calar-se sobre ela é a exaltação ao conformismo, portanto o correto é enfrentá-la com trabalho e dedicação séria, sem esmorecimentos e com atitude verdadeiramente responsável, decidida e útil, não estacionando apenas na esperança de que “os outros” façam algo.

Uma coisa é absolutamente certa, o homem é o responsável direto pelas crises de conflitos, de saúde e monetárias, por essa razão o ambiente do Planeta está tão poluído, a ponto de termos a certeza de que o aquecimento global, com todas as suas consequências letais para a natureza humana, animal e vegetal, está batendo às nossas portas, já dando mostras da sua fúria. Somente aqueles, que tiverem consciência de que os acontecimentos no mundo físico são o reflexo dos movimentos no mundo invisível, poderão ter forças de enfrentar a atual conjuntura mundial, mudando suas atitudes, seus pensamentos e palavras, voltados para a queima radical de toda a imundície que foi espalhada pra todos os cantos do Planeta, por conta e obra dos medíocres, inúteis, irresponsáveis e perniciosos.

Como tudo isso não passa de uma realidade inconteste, seria de bom alvitre que abríssemos os olhos a tempo. _Olha a crise aí, gente!

Moacyr de Lima e Silva
Enviado por Moacyr de Lima e Silva em 29/07/2009
Código do texto: T1725733