Paixão que sempre dura

A grande diferença entre o amor e a paixão, dizem, é que o amor é duradouro, e a paixão passageira.

Parece verdade imutável, mas não significa que a afirmação tornou-se equação matemática. São conhecidos casos e mais casos onde o amor-paixão perdura por muitos anos. Mistério? Nem tanto.

Assim com o amor não se explica, acontece o mesmo com a paixão. Ora, a paixão é passageira, pouco dura, dizem tantos. E o amor é mais certo, menos sujeito às tempestades da paixão.

Pode ser. O que vemos atualmente não era muito comum em 1970, digamos. Homens e mulheres contraem matrimônio e nem certeza têm do que estão fazendo. Após anos, quando chega a tanto, a separação é inevitável.

Atualmente, os jovens e mesmo os maduros não são adeptos do casamento, tanto o feito diante o registro civil, como o tão sonhado casamento com o vestido de noiva, frente ao padre, ou a autoridade religiosa que possa unir almas em matrimônio.

Descrença?

Parece que não. Valores são trocados com incrível rapidez, mentes ainda não solidificadas num mínimo conhecimento atrevem-se a tudo, inclusive à união que pretende ser perpétua, calma, mansa, pacífica. A junção de uma alma a outra significa um pacto, um grande tratado de amor. Qualquer erro, por menor que seja, pode abalar este pacto. Os menores são resolvidos. Os maiores causam incrível mal-estar. Acabam na separação.

Este fato não caracteriza a sociedade atual. É antigo, mas por pura razão da moral reinante, era evitado. Todos conhecemos um caso assim, e a história registra muitos.

Um rei separar-se da sua rainha? Era a queda!

O mito Cinderela não vai desaparecer. Afinal, príncipe e princesa não vão desaparecer da face da Terra.

Tudo isto trata-se somente de um ajuste, uma adaptação. Basta haver mais consciência entre os dois.

O mito permanece. Ele apareceu com o homem.