QUANDO O SONHO SE TRASNFORMA EM VERGONHA
Li o livro, assisti ao filme, mas não o musical. Estou tratando de “Os Miseráveis” de Victor Hugo. Interesso-me pela canção que faz parte do Musical e que voltou à tona na voz de Suzan Boyle; sim a caloura inglesa que virou celebridade de uma hora para outra, por conta da voz e por que não dizer da sua aparência feiosa, a ponto do jornal The Guardian sair com a manchete: “Susan Boyle é feia? Ou somos nós?” Acredito que somos nós, nunca consideramos a essência das pessoas, o que há de puro dentro de si, sempre julgamos pela aparência mostrando o que somos: moralmente miseráveis.(Há quem pense como eu e também assim se expressou)
E a canção? Letra e música lindas. O título: I Dreamed a Dream. E por que gosto? Porque tem versos que dizem: Eu sonhei que o amor nunca morreria / Mas também diz que há sonhos que não podem acontecer.
E se os sonhos não acontecem despedaçam nossas esperanças, é como se a própria vida matasse os sonhos que sonhamos…
Confesso que também sonhei um sonho, mas em vão, tudo não passou de ilusão, assim como os versos que se seguem:
“E ainda assim sonhei que ele veio até mim
E que viveríamos os anos juntos
Mas há sonhos que não podem ser
E há tempestades que não podemos prever.”
E por quê? Porque “os tigres vêm à noite / Com suas vozes suaves como trovão / Como eles despedaçam sua esperança / Transformando seus sonhos em vergonha”.