Direitos Gay. Até que ponto?
Tenho visto e ouvido falar muito em direito dos homossexuais, mas nunca ouço falar em deveres, sendo assim, algo parece estar faltando nessa balança para que ela se torne equilibrada.
Ouço sempre as lamúrias de uma amiga minha dizendo que detesta os homofóbicos, mas bate no peito, e com orgulho, em dizer que é heterofóbica (desculpem o neologismo) e faz cara feia quando vê um casal hétero se beijando. Lutar por direitos gays sim, mas se esconder dos deveres dando sempre uma de vítima de um julgamento preconceituoso já é demais. Nossa sociedade é um tanto preconceituosa, e acho que isso deve mudar, mas não concordo com essa atitude de impor a ela o que (ela) ainda não está preparada pra ver. Não acho que a saída seja um casal gay se beijando torridamente em local público de olho em quem vai fazer cara feia para poder processá-lo por preconceito, pois o que tem que ser entendido é que vivemos em um país livre, onde temos o direito de escolher se gostamos ou não de determinado fato, e temos o dever de respeitar as diferenças.
Uma vez fui para a parada gay aqui de Fortaleza e o que mais vi foi um monte de marmanjo caracterizados de purpurina lutando por um estado “laico e de direito”, sendo que a maioria certamente nem sabia o que significava o tema ou quais eram os projetos que estavam tramitando pela Assembléia Legislativa ou Congresso Nacional, estavam lá simplesmente por que era engraçado ver um monte de gente multicolorida atrás do trio elétrico onde a Negra Li cantava o tema de “Antônia”, e nos intervalos entre uma música e outra a animadora inflava os foliões a manter a paz, e que briga podia sim, mas só se fosse “briga de espadas”. Realmente frustrante.
Não acredito que seja com essas manifestações pífias que a sociedade irá mudar, acredito sim, que com projetos de lei consistentes e uma mudança de comportamento algo poderá enfim, ter uma mudança, pois se essa mudança de comportamento não acontecer elas continuarão a ser as “sapatões” e eles os “bichas loucas” e não cidadãs e cidadãos de um país que lhes garante a livre forma de amar. Já existe a busca por um estado “laico e de direito”, que essa mudança aconteça em todos nós seres humanos, independente de sermos homo, bi, trans, pan ou heterossexuais, pois onde há respeito, toda forma de amor é válida.
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