Os níveis de inteligência
Com exceção dos beócios, todo ser humano possui certo grau de inteligência, que pode ser classificada de acordo com os níveis de espiritualidade de cada um. Teremos por aqui um bom fator para medirmos nosso próprio nível espiritual e de sabermos se estamos mudando nosso caminho, indo para frente ou para trás, ou entrando em atalhos que não nos levam a lugar nenhum, a não ser aos encontros contra a parede, o que equivale a um desperdício de tempo de vida, obrigando-nos a voltar ao ponto inicial, caso queiramos sair da inércia, tudo na proporção do nosso esforço e espírito de busca, somados à permissão divina e aos méritos próprios e aos dos antepassados. É assim que as coisas funcionam, quer acreditemos ou não, desqualificando de vez as teorias filosóficas, morais, religiosas ou científicas, que sejam baseadas somente no materialismo ou na parapsicologia.
Diversos são os graus de inteligência, tais como: a Divina, a sagrada e a superior, pertencentes aos altos níveis de sabedoria e de iluminação, seguidas das inteligências próprias dos indivíduos de baixa espiritualidade, tais como: a calculista, a ardilosa e a satânica.
A inteligência Divina o Criador a concede somente aos grandes mestres, cumpridores de missões de altíssima importância para a evolução da humanidade, como: Sakyamuni (Buda), Maomé, Jesus Cristo, Meishu-Sama (Mokiti Okada) e tantos outros, cada um na sua época. Quanto à inteligência sagrada, ela é inerente aos indivíduos que atingiram a mais alta iluminação espiritual, através do total polimento de suas individualidades, após a passagem por muitas gerações. Com relação à inteligência superior, a sua manifestação é encontrada apenas entre as pessoas verdadeiramente sábias, como: pensadores, filósofos, cientistas, professores e artistas que têm a compreensão do quanto é importante o conhecimento sobre a “simbiose” entre os mundos espiritual e material, com a consciência de que tudo segue de acordo com a Lei do Espírito Precede a Matéria - no budismo, esse nível chama-se “Tie Shokaku” (inteligência da percepção verdadeira).
As inteligências de baixa categoria fazem parte da imensa maioria dos moradores deste planeta, o que acho ser desnecessário demonstrar, já que as evidências são facilmente observadas por qualquer um que tenha bom senso. A inteligência calculista está inteiramente baseada no conhecimento distorcido e ultrapassado sobre a espiritualidade e a religião, na cultura da ciência materialista e, principalmente, no “culto” às personalidades inúteis e medíocres. As pessoas desse nível são dominadas pelo egoísmo e apego, suscetíveis a terem surtos de depressão, por permanecerem viajando na estrada da ignorância, sem se interessarem por qualquer cultura que lhes possa abrir caminho, mesmo sabendo que isso lhes forneceria, em troca, um ganho de sabedoria e de grau de inteligência bastante para alcançarem alguma chance de salvação espiritual. È por esse motivo que poderão ter de pagar um preço muito caro pela preguiça e pela burrice.
Quanto à inteligência ardilosa, a base está na cultura do materialismo puro, daí podermos compará-la à imbecilidade; o indivíduo desse nível tem a certeza de que, se bem planejado, qualquer ato ilícito dará bons resultados de ganhos para si, tendo a certeza da impunidade, mesmo que seja através da compra de benesses. Esses infelizes desconhecem a impossibilidade de se enganar a Deus, porque essas ações ficam registradas no corpo espiritual de cada um, com isso não existe a mínima hipótese de haver alguma saída ilesa, a não ser como dívida a ser saldada por conta dos descendentes – esse nível é muito próprio dos ateus, os legítimos possuidores do passaporte rumo à queda final.
Pouco temos a falar sobre a inteligência satânica, que representa os mais baixos instintos animalescos, juntados às ações de extrema selvageria, simplesmente pelo prazer de praticar o mal de forma desenfreada. Para alguém que esteja nesse nível só restará o fim da existência espiritual, pela desintegração e queima do corpo etéreo, por um período infindável de sofrimento intenso, concretizando-se assim o veredicto pelo Julgamento Final – esse é o verdadeiro retrato do Inferno de Dante!