À TUA INCOMPREENSÃO

Moça, você é jovem e nada entende de solidão.

Você foge do meu amor, depois diz que me quer.

Assim, você só machucará o seu próprio coração.

Me despreza e esquece que é apenas uma mulher.

No caminho da vida existe tempo bom e ruim.

Eu fui o tempo ruim na sua vida, mas eu te amo.

E procuro sempre ser um bom amigo seu.

Mas dói saber que você age erradamente, assim.

Eu não me sinto bem, mas sempre tento ajudar.

Mas você diz que eu nada represento na tua vida.

E de noite, você lamenta a minha ausência pra te afagar.

No dia seguinte você tudo faz para reabrir a ferida.

Moça, eu ainda te amo muito e você conhece a razão.

É uma criança que chora quando não te vê.

Aí eu te procuro e te estendo a minha mão.

Mas você desdenha e no meu amor não crer.

Agora estou passando para o papel o meu sofrimento.

Sei que você sempre vai rir do meu jeito de te amar.

Vai dizer que não adianta, que não dará esperança.

Que prefere sofrer, do que ser feliz e voltar.

Moça, com o tempo, você será apenas uma lembrança.

Manaus, 28 de maio de 1988.

Marcos Antonio Costa da Silva