O que passa pela cabeça de um piloto de F1
 


Evidente que pela cabeça de um piloto de F1 passam emoções, sensações, no desejo de se manter na pista, de vencer... quem sabe ser campeão.

Passam também pela cabeça de um piloto de F1 a disciplina de conduzir com habilidades inatas e adquiridas.
Mas, também passam pela cabeça de um piloto de automóveis, chuva, graxa, óleo, pedaços de outros carros e do seu próprio.
Helmut Marko, piloto austríaco de F1, no GP da França de 1972, ficou cego de um olho, porque uma pedra, levantanda pelos pneus da Lotus de Emerson Fittipaldi, voou e atingiu a viseira de Helmut que vinha atrás. No GP da Afríca do Sul de 1977, Tom Pryce atropelou um comissãrio que atravessa a pista com um extintor de incêndio que atingiu a cabeça do piloto; ambos morreram.
Ronnie Peterson (como causa de sua morte), em Monza, no Grande Prêmio da Itália de 1978, teve seu carro jogado para fora da pista pelo carro de Riccardo Patrese; uma das rodas se soltou e atingiu a cabeça de Vittorio Brambilla, que teve traumatismo craniano (após um período de tratamento, recuperou-se).
Em 1995, no GP da Itália, a câmera onboard do carro de Jean Alesi soltou-se e atingiu o carro de Gerhard Berger, batendo na suspensão e passando de raspão pela cabeça do piloto.
Domingo passado, no GP da Inglaterra de F2, Henry Surtees ( filho do campeão de F1 dos anos 60 John Surtees), foi atingido na cabeça pela roda esquerda traseira do carro de John Clarke que havia batido no muro. Henry, com apenas 18 anos morreu na hora (embora tenha sido dado como morto minutos mais tarde num hospital londrino).
Hoje, nos treinos do GP da Hungria, Felipe Massa foi atingido na cabeça por uma mola que soltou-se do carro de Rubens Barrichelo, causando lesão cerebral no piloto da Ferrari.
É impressionante que se fale em preservar a segurança de pilotos, quando na verdade (assim como em usuários e motocicletas) o capacete é uma espécie de parachoques que, na verdade, não tem capacidade de impedir lesões graves. É impressionante porque, sabedores de tudo isso, os organizadores, como a FIA, não determinam a instalação de um típico "santantonio".
Por outro lado, a hipocrisia da sociedade brasileira permite que se aprove o "Moto-Táxi". Fica então mais uma pergunta: o que passa na cabeça de um político brasileiro?