A Festa

Quando ela chegou à festa, despontava um novo dia.. A primeira impressão foi de encantamento. Tudo era alegria. Havia musica, e muitas cores!... Pessoas dançavam a sua volta.

Era um belo despertar.... A seu lado, um anjo da guarda, que não sabia de tristeza.

Assim, achou que a festa não teria fim.

Passado algum tempo, começou a caminhar....

Percebeu que o espaço era muito mais amplo!.. Havia outros cenários.Pessoas com estranhas fantasias e diferentes figurinos.

Percebeu então que na festa, alem de alegria, havia choro e tristeza... Muitos caiam se machucavam, mas se levantavam; outros eram retirados da festa a contra gosto.

Logo entendeu que não haveria de estar pra sempre na festa.

Todos, aos pouco, seriam retirados; dando lugar aos que chegavam.

A idéia de ter que ir embora assustava e lhe dava insegurança. Afinal, não sabia onde era sua casa. De onde tinha vindo? Pra onde voltaria?

Mas, se fora levada até ali, tinha que agradecer.

Procurou companhia para dançar e brincar. Tentou ajudar os que haviam escorregado no afã de aproveitar mais a festa. Percebeu que muitos que haviam chegado junto com ela, já haviam se retirado.

Começou a sentir-se só.

Todavia, a festa era animada e cheia de beleza; apesar de muitas vezes, acontecimentos perturbarem e tolherem a perfeição e o entusiasmo da mesma. Nessas ocasiões a luz ficava fraca, e sua alma percebia que nem todos riam... Muitos choravam, enquanto outros dançavam em rodopios e se exaltavam; esquecidos dos que estavam a sua volta. Estes, não atinavam que todos eram convidados e estavam, de passagem, na mesma festa.

Começou a olhar a todos, e a si mesmo, como fantasmas que brincam e atuam numa festa de ilusão. Estavam todos ali, na doce quimera de que eram donos de tudo aquilo. Senhores das formas e do enredo.

Observou que muitos que chegavam, vinham para ajudar: tocavam na banda, arrumavam o som, ornamentavam e coloriam a festa.

Entretanto, outros chegavam para atrapalhar: brigavam, pisavam na grama, destruíam e reclamavam; estes não sabiam ver nem ouvir.

Depois de tanto dançar, escorregar, cair e se levantar, estava cansada.

Agora já não dançava. Escutava ao longe a melodia.

Procurou um canto e se deixou ficar apreciando e observando; sentido o perfume, o som, o colorido e saboreando a água fresca que brotava da Rosa Mística. que revigorava suas forças.

A hora de se retirar já não a aborrecia ou assustava. Havia aproveitado bem a festa!

Lisyt

Lisyt
Enviado por Lisyt em 25/07/2009
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