Rebelde sem calças
Talvez seja melhor caminhar na santa paz do que ficar se preocupando por aí, sabe, abrir os olhos da humanidade não é bem o meu tipo eu criei uma certa aversão a revolucionários de plantão, e como todo mundo já está careca de saber quando mais se evita alguma coisa mais se encontra, a minha sina são esses rebeldes sem causa.
É assustador como pessoas podem se tornar agressivas na hora de reclamar seus direitos e também é assustador aonde chega o nível de ignorância de alguns revolucionários (não todos, como sempre) e é indispensável narrar alguns personagens da minha vida então.
Começando pelos marxistas/anarquistas/comunistas, bêbados e libertários (principalmente quando estão bêbados) os quais já encontrei na vida, casos muito clássicos, na minha época do colégio me lembro muito bem de Gumercindo (nome fictício), um garoto bipolar, alcoólatra e extremamente aquilo tudo que eu disse. Ele andava pra lá e pra cá tendo como símbolo máximo da luta contra o sistema a sua pulseirinha onde estava escrito Anarquia já com o “A” meio apagado o que lembrou da minha avó dizendo “arrume já essa narquia”, fugia de casa batendo a porta, xingava os outros e fazia loucuras nu no meio da rua, o que fazia lembrar da bipolaridade. O mais frustrante de tudo isso foi ter que encontrar pessoas desse tipo aos borbotões, na faculdade.
O segundo tipo mais comum é um dos mais contagiosos, ele transgride as idades e os ambientes, acho sinceramente que aonde existe vida existe “abaixo assinado”. Eu queria saber o que se passa na cabeça de um promotor de abaixo assinados, principalmente aqueles convictos de que uma folha de caderno das meninas super poderosas com assinaturas de gente pega de surpresa vai mudar o mundo, nunca vi alguém querer fazer uma reclamação formal, mas abaixo assinados, meu deus. Para não continuar falando da minha excêntrica época de colegial vou variar um pouco, o meu último caso visto foi nas aulas de direção onde pessoas assinaram um contrato que dizia que as aulas iriam até 22:30h e queriam sair as 22:00h porque a “moça da recepção” disse que iria acabar “lá por umas 22:00”. O incrível disso foi a professora dizer “sigam o seu coração”, isso me rendeu o segundo “meu deus” do dia.
Só para finalizar cabe um terceiro tipo (pois temos muitos outros mais) muito parecidos com os anarquistas que são os “punks”, coloco entre aspas pois hoje são um bando de pseudopunks (porquê punk que é punk coxa a mãe no tanque!) que batem a porta do quarto, chutam o gato da mãe e comem no Mc Donald’s, não passam de falsos revoltados musicais.
Estou mesmo é com medo de me tornar um cronista revoltado, isso não, isso nunca!