EITA, ROTINA BRABA!
 
 
Acordei meio de ovo virado hoje. É esta chuva e frio que não pára mais, nos tolhendo para sair às ruas e cuidar de compromissos – mas mesmo assim eu saio, porque preciso. Se fico em casa – é aquela rotina de afazeres domésticos – que eu não me furto de desempenhar; venho para o computador, a inspiração não brota, não consigo escrever uma linha sequer que preste.
 
A TV? Essa eu nem ligo mais. Não tem absolutamente nada de interessante e construtivo. Sempre gostei de assistir um bom filme (que não passam mais), assistir aos jornais do dia para ficar por dentro das novidades (que não tem mais)...
 
Não suporto mais ver a cara dos poderosos do Congresso Nacional, não fazendo nada e procurando pelo em ovo, para não fazerem nada, também! Já estou até aqui de grampos em telefones, ouvir a voz nítida dos caras de pau e depois ainda ter que ouvi-los dizerem que foi armação da oposição, que é tudo uma mentira.
 
É filha ligando para o pai lá em Brasília, pedindo para empregar o namorado bonitão e vagabundo, e este, por sua vez, liga para o poderoso pai (avô da namorada do bonitão), repassando o pedido da filha e – pasmem – o avô (Sarney) - atende ao pedido da netinha, empregando o tal camarada – desempregado profissional - mas ele nega tudo!
 
Atos secretos? E quem disse que são secretos! Todas as bandalheiras são feitas às claras, há muitos e muitos anos e nós – o povão desavisado e imbecil – ainda votamos neles! Afinal, de quem é a culpa - deles ou de quem os colocou lá? E eu com isso?

Não quero mais saber quantas vítimas a tal “gripe suína” já fez até agora! Quero saber quando encontrarão a cura da peste, antes que ela mate mais do que bala perdida.

 
Ah! Caraca... Quer saber? Eu deveria era ter ido com minha maninha Ulli lá para Fortaleza, bronzear-me debaixo de um sol lindo que há tempos não vejo por aqui, mergulhar naquelas águas claras, pedir a bênção a todos os Orixás, para que eles me protejam contra esses males, cobrindo de serenidade o meu coração e de meus amigos também!
 
Encontrar-me, à noite, com Helena, Fernandinha, Teresa, Sogueira, San Mara – e quem mais viesse - juntamente com minha maninha Claraluna (Ulli), tomar um chope geladinho nas barracas na praia e, quem sabe, com um pouco de sorte, a Zélia Freire, não tomava um avião e aparecia por lá, para chutarmos umas pedrinhas na areia?
 
- Ô, Ulli! Ocê trate de mandá nutiça, heim? Aí devi de tá bão dimais, mai mi liga,mande e-mêi, pombo-correi, sinár de fumaça, toque de tambô – carqué coisa, fia! Sódadi docê!!!
 
A todas!!!!!