A verdade sobre o amor

Acredito que muitos poderão se lembrar de uma das minhas primeiras crônicas, publicada em 21/05/09 – Amor, Paixão e Apego – pela qual recebi várias manifestações de entusiasmo de amigos e de leitores. Isto é muito bom, porque essas iniciativas passam a ser o combustível para podermos dar continuidade à nossa jornada, sempre com alento renovado e com espírito de gratidão.

Voltemos então a falar sobre o mais nobre dos sentimentos humanos – o amor. Vou dissertar, em primeiro lugar, sobre uma lenda de alto nível espiritual, que servirá de pano de fundo para a opinião de hoje: “Quando Deus estava criando o ser humano, para povoar o Planeta Terra, resolveu criar também a felicidade, para que o homem pudesse ter a oportunidade de aprender o quanto é importante a conquista desse bem para se chegar a uma situação de saúde, prosperidade e paz, como sendo o resultado óbvio do esforço de cada um, tornando-se o prêmio inalienável daqueles que alcançassem a iluminação espiritual. Daí então, o Criador pensou em colocar a felicidade em um local do planeta, que fosse de difícil acesso para aqueles que se propusessem a conquistá-la, e deduziu que deveria escondê-la em um lugar muito longe dos olhos humanos, como no pico da mais alta montanha, ou na profundeza dos mares, ou então no meio do deserto, mas desistiu de tudo isso porque sabia que o homem iria se desenvolver cientificamente, podendo chegar ao momento de alcançar com facilidade qualquer um desses pontos, sem necessariamente tendo que crescer em espírito. Foi a partir daí que Deus, em sua infinita sabedoria, decidiu esconder a felicidade dentro do íntimo mais profundo de cada ser humano, onde só a condição de alto nível espiritual poderia fazer aflorar essa bem-aventurança”.

O amor é a “chave” para abrir o cofre depositário da nossa própria felicidade e, como qualquer chave, somente aquela que estiver no íntimo de cada um de nós é que terá o segredo do seu próprio cofre, portanto é de suma importância darmos vazão a esse sentimento divino, através do altruísmo, da sinceridade e da compaixão inteligente, mais especialmente pelo “makoto” (17/07/09).

Nosso espírito possui em seu interior um espaço destinado aos pensamentos, controlados pela razão, pelos sentimentos e pela vontade, cujas manifestações estão ligadas à destinação que dermos às nossas escolhas, ou seja, podemos pender para o lado das forças positivas ou negativas, cujos resultados serão óbvios. Ao escolhermos o caminho da iluminação, outro fator se une à nossa caminhada – nada mais do que a manifestação do nosso espírito guardião (anjo da guarda), cuja missão é nos proteger, desde o nascimento até a morte, servindo de ponte entre as vibrações positivas de alto nível e nós; ele é apenas o espírito de um antepassado de maior elevação, que é escolhido antes mesmo de cada nova encarnação neste mundo material. Quando achamos por bem o cultivo das negatividades, o guardião “cruza os braços” e, com isso, passaremos a criar máculas espirituais, que irão embaçar o nosso interior, a ponto de perdermos o contato com a nossa própria partícula divina, deixando-nos assim à mercê das consequências desastrosas de nossa estupidez.

O verdadeiro amor não tem nada a haver com o apego ou com a paixão, não tem nada a haver com o ciúme ou sentimento de posse, e tem muito menos a haver com violências passionais. Todos esses sentimentos e ações não passam de egoísmo exacerbado, impulsionados pelos fatores de negatividade e de baixa espiritualidade, haja vista o que está acontecendo em profusão por aí, dando mostras da grande falta de amor que grassa no mundo. A falta de preocupação com a felicidade do próximo está criando o monstro do aquecimento global, onde até a salvação dos próprios descendentes está sendo relevada para segundo plano! _É aterrador!

Sem dúvida nenhuma, só o verdadeiro amor salva – o amor ao semelhante, o amor aos nossos mestres, o amor à humanidade, o amor ao Planeta e o amor a Deus, nosso criador. Devemos transmitir amor até para aqueles que nos prejudicam, porque eles são instrumentos para nos polir a alma e permitir que cresçamos na escala do mundo espiritual, rumo ao desvelar da felicidade.

Moacyr de Lima e Silva
Enviado por Moacyr de Lima e Silva em 22/07/2009
Código do texto: T1714139