OS TRAPALHÕES

 
Não passava do meio dia quando numa fila de banco conversava com um amigo que é poeta popular, ou seja, daqueles que de um nada flui a poesia. Como o mesmo estivesse conversando em versos, ou declamando um poema, uma poesia.  

O pessoal ao lado, como que não queria nada ficou prestando atenção a nossa conversa, e pra não ficar de lado na frente daquele pessoal, comecei a lhes declamar alguns dos meus versos. E quanto mais dizia, apareciam mais admiradores de tal evento realizado naquele momento. O cara um tremendo brincalhão, mexia com todos, até mesmo com meu irmão que ali estava me acompanhando. Portanto, um daqueles expectadores se aproximou, e disse:

_Antes que a fila ande, quero lhes fazer uma proposta, compareçam hoje mesmo no meu escritório e vamos fazer uma entrevista para realizarmos um projeto em prol da  nossa cultura e da nossa educação.

Olhei, para aquela mulher, percebi que a mesma não estava ali brincando e disse que certamente no horário e local marcado ali, em seu escritório, ela poderia contar com os trapalhões.

Todavia, ali mesmo eu vi, ou senti o poder de uma mulher. Então pensei com os meus botões, essas mulheres são seres divinos, e dádivas de Deus.