O poder, o dinheiro e a capacidade de causar satisfação 

Há poucos dias atrás, perguntei a uma senhora muito humilde quem era a pessoa mais importante que ela conhecia. E a senhora na sua simplicidade me respondeu: “Deus”. Eu insisti, claro, não podemos negar a importância de Deus, mas, eu gostaria de saber de uma pessoa viva e ela completou: “para mim a pessoa mais importante que conheço é o pastor de minha igreja”.

Na sociedade atual as pessoas são classificadas em comuns e importantes. Dentro dessa classificação, a grande maioria é considerada comum e uma minoria privilegiada é tida como importante. O poder seja ele civil ou eclesiástico, o dinheiro e a capacidade de causar satisfação são elementos que fazem as pessoas se tornarem importantes nos dias de hoje.

Esse status de importante é muito relativo. Uma pessoa tida como importante é cercada de bajuladores enquanto possuir dinheiro, poder ou capacidade de provocar satisfações. Os bajuladores possuem uma capacidade enorme de farejar sucessos e fracassos. Quando o fracasso se avizinhar, antes mesmo do individuo importante sentir que a importância está indo embora, os bajuladores já se retiraram.

A volatilidade do poder, do dinheiro e da capacidade de causar satisfação é muito grande. Quem construir um castelo baseado nesses três elementos poderá um dia ficar desabrigado. Falando dessa maneira pode parecer que o dinheiro, o poder e a capacidade de causar satisfação são coisas demoníacas. Não! Elas não são demoníacas. O errado é a malversação desses três elementos.

A importância quando está, apenas, a serviço da pessoa que se acha importante, ela não é um elemento transformador como deveria ser. A verdadeira importância não é a que passa e sim a que fica, principalmente, aquela que se transforma em instrumento de evolução. Os que exercem o poder civil e eclesiástico, os milionários de plantão, os artistas e desportistas famosos não deveriam serem, tão somente, pessoas importantes. A humanidade, o planeta e o universo necessitam deles como elementos transformadores e de evolução.

Outro erro enorme é  tachar as pessoas de comuns. No mundo, todos os seres têm importância, principalmente, o ser humano. Cada indivíduo é uma célula dentro desse complexo organismo. Se todas as células forem saudáveis existirá saúde, o contrário, uma única célula cancerosa poderá provocar uma desastrosa doença e comprometer o todo.