QUANDO GANHEI MEU NOME

Quando nasci minha avó deve ter feito promessa, pois meu segundo nome é de santo e que me rendeu apelido na faculdade: Toninho!

Meu pai, não sei se fez — me coloco no lugar e imagino o nome do filho que um dia eu quero ter — , teve ter pensado que seu filho deveria ser nomeado com algo que representasse algo de bom, másculo talvez, espelhado em alguém que tenha sido importante, um jogador de futebol, dever ter excluído as opções que fossem muito extravagantes, nomes copiados de novela ou duplas sertanejas, não sei.

Agradeço por não me chamar Hitler, Lúcifer ou outra coisa semelhante, pois meu pai foi jovem. Agradeço a sanidade (em muitos momentos eu não tive!) pairando sobre sua consciência.

Tem pessoas — já que não tenho uma memória prodigiosa — que juro que tem um nome, mas não, apesar do rosto claramente assentir com o nome que eu falo, tá lá a opção dos pais interferindo.

Quando me chamam de Fábio, Fabrício, Fernando, Adriano, penso qual o nome meu rosto diz ter. No instante seguinte recordo da minha mãe.

Um dia, na escola, perguntaram quem era o menino que minha mãe estava gostando e que em razão dele escrevera o nome em seu caderno. Não sei se foi pra eu gostar de meu nome, o fato é que minha respondeu que Fabiano era o nome que um dia seu filho ia ter.

Fabiano Rodrigues
Enviado por Fabiano Rodrigues em 22/07/2009
Código do texto: T1712769
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