BEM A MINHA FRENTE
 
Já meio sem graça, de repente estressado, exigindo de mim mesmo pelo simples fato que hoje queria simplesmente escrever uma crônica, uma crônica que falasse algo como se falasse de amor, falasse de saudade, e porque não de repente sobre a tristeza, ou mesmo sobre a solidão que naquele momento me assolava o peito.
Mas não, nada adiantava; nada naqueles instantes vinha a minha cabeça, ao meu pensamento, tampouco ao meu coração. Mas como gosto de escrever e ler crônicas, fui pego de supetão por um assunto que muito me chamou atenção, quando vi Jô Soares no seu programa , fazendo uma entrevista com um cara que parecia ser maluco.
O cara naquela entrevista estava em plena bossa e sua prosa merecia de todos que ali estavam toda atenção. Este cantava, e sorria , fazia a maior estripulia, que até parecia estar regido de divina inspiração.
Tentei de todas as maneiras possíveis, saber como o mesmo se chamava dentre aqueles que também assistiam, mas não tendo algum sucesso, literalmente deixei a prosa do cara de lado e comecei a escrever essa crônica querendo que essa mesma mereça toda compreensão de meu povo.
 Dei uma pausa naquela historia, corri pro banheiro, passei pelo menos dois minutos, enquanto a bandeja de pãezinhos de queijo por mim passava, com uma boa xícara de café bem quente.
E assim, depois de ver todo o moído, daquela mesma entrevista é que soube que o maluco que estava sendo entrevistado era um cara que supostamente fora em tempos idos parceiro do Wilson Simonal.
E sendo assim, vi que para que eu pudesse desenvolver uma crônica bastava apenas que eu relaxasse e certamente que me desprendesse para fluir sobre um assunto que quisesse ou que estivesse bem a minha frente.