Só aos Sábados
Decidi parar de fazer malabarismo com os lábios e manter as linhas que sustentam meu humor sempre pra cima, num sorriso só.
Vou fazer mil atividades ao mesmo tempo, mas que me encham de alegria por dentro. Mesmo que uma delas nem tanto. Não vou deixar a felicidade de canto, puxo ela pra dançar enquanto rebolo cantarolando na pia, mesmo cheia de louças pra lavar.
Não vou fechar ninguém no trânsito, darei passagem para os que não se desconectam da semana passar. Hoje posso andar sessenta por hora. A macarronada demorar pra digerir, e o sinal está vermelho pro stress.
Vou sair do liquidificador de atividades que me turbilham diariamente. Ligar o computador pra rir, a TV pra distrair. Nada de economia, noticia, política patifaria, ou sensacionalismo do terror. Quero o descanso merecedor. Vou por minha mente critica, lógica, calculadora no ausente, e invisível para tudo que tentar me desconcentrar.
Sem marcar hora pra acordar e levantar, se for caminhar vou sem relógio. Me orientar pelo sol, assim aprecio os feixes de luz entre as árvores, e os desenhos esquecidos de contornos. Nada de complicações ou rolos, hoje é pra desenrolar e desfrutar o tempo.