A moeda

A moeda caíu no chão frio do inverno do sul do país, ela rola vagarosamente até se chocar com um velho sapato sem graça e sem graxa, o valor da moeda era insignificante para um rico, mas não para o dono daquele par de calçados, ao perceber que uma moeda estava à mercê de suas vontades, não êxito e inclinou-se e com a mão coberta pelas luvas de um marrom desbotado a apanhou sem pudor algum. O sorriso do caminhante é sincero e cheio de satisfação sem meios passos ele se dirige na direção da padaria que estava a alguns passos de seu corpo. Há dois dias sem comer ao menos uma migalha de pão, é fácil para uma pessoa comum saber o que o surrado homem faria naquele palácio de confeitos. Com uma educação admirável no caminhar apesar de maltrapilho, ele se dirige até o interior do imóvel, observa todas as delicias até que sua boca torne-se cada vez mais salivada. Depois de tudo observar ele vai até o balcão onde está sentado um senhor de vestimenta impecável e sem rodeios diz:

- Senhor, com licença.

- Sim, pois não.

- Isto lhe pertence, e agora estou devolvendo.

Após deixar a moeda no balcão saiu lentamente da padaria sem nada dizer, e a única que imagem que pode guardar foi o rosto branco e pasmo do rico dono daquela moeda.

Willians Rodrigues
Enviado por Willians Rodrigues em 21/07/2009
Reeditado em 18/05/2010
Código do texto: T1710695
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