Sentimentos
Sentimento é uma palavra difícil de ser definida. Pelos intelectuais sobram idéias; pensamentos ou significados. Muitos existem, poucos dão existência!
Sentimento é como existência, é sem meio termo. Existe ou não existe!. É sentido, ou negado. É vivido, ou morto. Sentimento, não é coisa de gênero, que a atrapalhada psicologia cotidiana argumenta em favor das mulheres. É, claro, em comparado com os homens, as mulheres são mais sentimentais. Mas, esse valor, não é próprio somente delas. Seria bom se o fosse!
Todos nós, humanos que somos, pobres, porque só temos essa vida, temos que nos obrigar a descobrir os sentidos da existência; e eles estão marcados no sentido que cada um atribui à vida. A vida, é um encadeamento de sentimentos. Que, uns negam; uns, que são muitos. Que rejeitam, que se rejeitam!
O sentimento, de verdade, reside no coração de cada um; daqueles que podem e querem sentir. Porque é quando há sentimento, que existe arte. A arte é o bem dizer do sentimento. É o coração, que não palpita; é o coração que bate; não se abate; nem bate nos outros! Bate em si mesmo, como um gorila que espanca seu peito, com a euforia de macho! Nos homens; nos seres...é preciso incidir seu corpo contra o obstáculo que tenta matá-lo: a vida comum!
Esse é o grande infortúnio, que torna o que é mistério, em coisa igual. Torna o verdadeiro, mentiroso. Tira do homem a sua verdade, o seu verbo. O verbo dos homens é aquilo que lhes bate no peito. Chama-se existir!, com todo o sentido que essa palavra entona: viver!, dá corpo à vida. Não se atrapalhar quando se quer algo, e ir sempre na direção certa; que é sempre a direção do coração. A direção, que tem vários caminhos, várias saídas, mas somente uma única entrada: a de se sempre tropeçar, porque que não cai, não sobe a lugar algum.