O pacote de bolacha e eu

Hoje quando acordei e vi aquele pacotes de bolacha na minha frente, comecei a comparar as fases da minha vaidade com aqueles biscoitos.

Quando eu era criança prestes a entrar na fase adolescente, nossa eu me sentia a primeira bolacha do pacote, sabe aquela bolacha quebrada, esfarelada, sem graça nenhuma que a maioria deixa na aba do pacote quando abre? Pois é, era assim que me sentia, muito sem graça.

Fui crescendo virando mulher e de repente da primeira fui logo pra última bolacha, me sentia! Pois é, a última bolacha do pacote, aquela que todos querem, mais ninguém tem coragem de comer, com vergonha, por que é a mais saborosa, é a mais esperada, a mais desejada!

Ai fiquei grávida, durante a gravidez continuei me achando como a última, mais depois... Afe! Fui lá pro meião, é aquela onde qualquer um acha boa, mais ninguém presta muita atenção nela, não é tão boa quanto a última, nem tão sem graça quanto a primeira, é simplesmente a do meio, meio sem graça, meio gostosa, até chegar nela já até passou a vontade de comer bolachas, mais já que o pacote foi aberto, Vamo que vamo...

E agora depois de 10 meses, corro rumo a me parecer com a última bolacha novamente, ahhhh isso faz tão bem pro ego! Não uma vaidade exagerada, mais aquela pra você sentir-se bem com você mesma.

E afinal eu não posso voltar ser a primeira, né? Um pacote depois de aberto, dificilmente consegue ser fechado novamente.