MEU PIOR PESADELO!
Eu não sei onde estava com a cabeça quando me apaixonei por ti. Deveria, por certo, estar em completo delírio e fora do alcance de minha capacidade de discernimento. Às vezes desconfio que, em determinado momento, faltou-me o bom senso e a razão foi para o brejo – e não a vaca. Em que luas eu terei viajado para amar-te assim? Meu Deus, onde deixei o meu amor próprio?
Tomaste conta de minha alma, te apoderaste de meus sentimentos de tal forma que minha voz emudeceu e não consegui mais dizer qualquer coisa que não fosse o que querias ouvir de minha boca. Que feitiço é esse que não consigo desfazer?
Eu não sei qual é o grande mistério que se esconde por detrás de teus olhos, de teus lábios, de tuas palavras, para escravizar-me assim! Talvez, quem sabe, tu sejas um mago feiticeiro que, ao menor descuido de minha parte, conseguiste desvendar os meus segredos e tomar ciência de minhas fraquezas.
Talvez eu fosse a peça que faltava em teu jogo, para o encaixe perfeito de tuas intenções. Quem sabe eu tenha amado demais, falhado demais, me dado demais! O que estava eu fazendo ali, no lugar errado e em hora imprópria, quando me vi à mercê de teus caprichos? Onde foi que eu errei? Em que momento me tornei tão obcecada por ti? Tão fragilizada a ponto de abandonar-me?
Não quero nem saber para onde tu irás, em que cama te deitarás e em quais braços te abrigarás daqui em diante. Estou em paz comigo mesma e não me interessa seguir os teus passos. Não quero mais enlouquecer de paixão, adormecer com medo de te perder e despertar ofegante por tua ausência.
Você foi o pior de todos os meus pesadelos!