A Formiga.
E a formiguinha saía todos os dias do formigueiro em busca de comida pra sua comunidade. Ela andava quilometros e superava obstáculos difícieis. Quando encontrava algo que lhe servia ela colocava nas costas e levava de volta aquele pedaço pesado de alimento que serviria não só para ela, mas para todos que conviviam ao seu redor, seus semelhantes. Essa formiga não pode ser considerada pequena, ela era grande. Ela não pensava só nela, ela pensava no coletivo. Ela não se cansava, forçava seu corpo a superar as barreiras quase impossíveis de serem superadas. Ela aguentava o peso de coisas que eram ainda mais pesadas que ela própria. Mas a formiguinha não se cansava. Às vezes, no meio do caminho, ela se perdia dos outros. A trilha que ela deveria seguir, por algum motivo fora desviada, por certo, alguém deve ter passado e desviado sua atenção, feito-a sair do caminho antes traçado, planejado, e ela se via sozinha, longe das outras formigas, tendo de encarar uma situação imprevisível. Outras vezes ela não encontrava comida e voltava sem nada nas mãos. Mas ela sempre voltava. Achava um jeito de voltar à trilha e seguia seu caminho de volta. Algumas vezes triste por não ter conseguido atingir seus objetivos, outras alegre por ter encontrado o que procurava. E assim a formiguinha ia levando sua vida. Nem sempre sorridente, nem sempre campeã, mas sempre formiga, sempre grande.
Dedico esse texto ao William Nunes, daqui do Recanto das letras. Seu email me fez feliz e me deu a inspiração que eu precisava, apesar da correria a qual me encontro agora. Obrigada..