UMA BANDA DE MUSICA SERTANEJA

Uma luz difusa escapa do palco e junto uma leve fumaça que quase encobre os componentes daquele grupo. Um efeito criado para dar mistério à apresentação da banda. Nos rostos a alegria latente de se entregarem a esse mundo o qual seriam capazes de doarem todo o viver.

São só eles naquele mundo de sonhos e os rostos indistintos de uma platéia que os admira mais pelo motivo de lhes proporcionarem uma noite de dança. E eles? Cobertos nessa personagem de fama, traduzem os acordes e as letras que os levam ao mundo que sonham apesar da obscuridade de seus talentos.

Mas quem são eles? Um grupo de músicos que se aquecem nessa vontade surpreendente de levar alegrias. Quando buscam acordes vêem a platéia, testemunha frenética de todas esses bailes das noites de sábado e sonham os mais altos sonhos nas luzes que imaginam serem de néon e na fumaça transparente que inunda o palco e se apaga nos rostos daqueles que buscam um acorde mais ritmado. Dentro deles há o silêncio... Só esse silêncio interior é que os transporta do palco àquela multidão. É preciso esses momentos, ainda que o final da noite os apague para sempre dessa fama que não tem nome.

Mas seja quem forem, é nesse mundo que reagem seus mais fortes anseios e seus sonhos mais completos. Quando sobem no palco sem fama, deixam de ser um simples mortal para serem os mais famosos dos músicos e nessa órbita cumprirem apenas o desejo de sonharem a pobre realidade de um baile interiorano. Mas mesmo assim giram a órbita desse mundo espetacular e refluem todas as promessas que ouviram em seus sonhos mais secretos.

Sonia de Fátima Machado Silva
Enviado por Sonia de Fátima Machado Silva em 07/06/2006
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