Mãe - Crônica
Há muito tempo venho tentando escrever uma crônica em homenagem às mães. Hoje prometo que não vou desistir. Para ficar mais fácil, tentarei falar daquela que conheço um pouco mais: a minha própria mãe.
No momento em que me senti pulsando em seu ventre, já vivenciava através dos afagos em sua barriga, os seus primeiros sinais de carinho e amor.
Após o meu nascimento, nos primeiros meses de vida, seus seios tornaram-se para mim o centro do mundo. Além de fonte de alimento, segurança e aconchego, foram também importantes na formação dos sentimentos de troca, prazer e convivência.
Lembro das noites frias de inverno, quando ela permanecia ao meu lado, aquecendo-me a alma, com o doce sabor do seu corpo.
Na adolescência, período de grande emotividade, soube com serenidade e equilíbrio, me ajudar a suplantar meus medos e dúvidas.
Com ela aprendi a admirar o pôr-do-sol, a poesia, e a viajar no mundo da leitura. Enfim, a gostar das coisas simples da vida.
Hoje eu sei que o seu jeito calmo, sereno e aparentemente frágil, esconde uma grande mulher.
Agora entendo os porquês das minhas dificuldades. Realmente não é fácil falar de uma pessoa ímpar, que sabe ouvir e falar com o coração.
Bem, por tudo isso, meu respeito à todas as mães, e para a minha, um grande beijo com o doce sabor da infância.
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