A volta do velho professor

A volta do velho professor

Este é um tema já desenvolvido e utilizado por muitos em minha faculdade. Após escrever um texto sobre este assunto na aula da Professora Damian - Prática de ensino- não pude deixar de dar uma continuidade a este texto tão importante a nós que um dia pretendemos ser educadores.

Na verdade, segundo minha concepção, o velho professor nunca foi a lugar algum ou deixou de estar por perto, como sugere o tema do texto. Mas antes de prosseguir com este texto vou apresentar a vocês uma sinopse de texto que me inspirou á escrever.

O texto “A volta do velho professor” nos apresenta um professor do século passado que volta á Terra depois de muito tempo fora, não se sabe para onde este professor teria ido, e chegando á sua cidade natal ficou abismado como que tudo havia mudado. Ele encontrou casas altíssimas, ruas imundas, carros velozes, máquinas, aviões, metrô. Cada vez mais desanimado com o que encontrara, foi visitar a antiga escola em que um dia lecionou, e chegando lá sentiu um grande alívio, pois nada havia mudado. Ele encontrou um professor falando, falando e alunos escutando, escutando.

Este professor, aqui tratado como o velho professor se sentiu aliviado com sua antiga escola por um simples motivo, ele se identificava com aquele método obsoleto de ensinar. Na verdade este velho professor não conseguiu evoluir, deixou de se aperfeiçoar, inovar, etc. Não podemos pensar somente nos velhos professores literalmente, pois alguns destes velhos professores que encontramos no ensino brasileiro procuram inovações didáticas e pedagógicas, devemos sim olhar para centenas de formandos, de centenas de faculdades espalhadas pelo nosso país, que optaram pela licenciatura, ou seja por ser educador, estão saindo destas faculdades já com o perfil do velho professor que descrevemos na sinopse.

Estes “educadores” que agem como o velho professor é aquele que não se preocupa em procurar novas tecnologias, inovações na didática, não procuram uma didática mais dinâmica e eficiente. Este velho professor, que pode até ser um formando, se contenta com muito pouco, se contentam com um planejamento escolar imposto pelo governo, um planejamento que tem o intuito de levar o aluno a ser nada ou nada ser, um professor que não visa um melhor desempenho escolar dos alunos, não visa levar o conhecimento, mas somente importam com o quinto dia útil do mês. Estes professores ainda estão fechados á novidades, ou tem medo delas. È mais fácil acomodar-se do que buscar aperfeiçoamento. Como escreveu o editor da Revista Nova Escola, Gabriel Pillar Grossi, “repetir fórmulas e manter práticas antigas costuma ser a regra, Infelizmente, isso faz com que alguns modelos ineficientes sejam passados aos alunos anos após anos”.

Contudo não podemos crucificar somente os professore. È isto que o governo espera de nós, ele espera que coloquemos sobre os professores todas as culpas da má gestão da educação de nosso país. Muitas vezes o velho professor é o mais interessante ao governo, interessa mais manter velhos métodos de ensino do que valorizar o professor e o ensino público, pois sai mais barato aos cofres públicos.

Para que possamos acabar com os velhos professores e melhorar a sistema educacional brasileiro devemos, cada vez mais, valorizar a carreira do professor. Como dizia Tony Bellotto, músico e escritor: “A educação brasileira só vai evoluir quando aprendermos a valorizar a carreira do professor”.

Poderíamos escrever páginas e páginas sobre este assunto, mais vamos abreviar. Não se esqueça professor, faça a sua parte e não seja o velho professor.

Douglas Pires
Enviado por Douglas Pires em 18/07/2009
Código do texto: T1706186
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