MÃE
Não tinha vontade de acordar. O telefone tocou, despertou-me para o real dia começando, olhos inchados ainda ligados ao macio das cobertas e do sono num dia de inverno, friozinho, mas cheio de sol lá fora. Atendi uma desconhecida voz, provável engano invadindo a paz.
Não queria acordar, mente e corpo harmonizava repouso. Nenhum pensamento, fui á sala e vi as horas no relógio da parede, Sentei, hum? Fazer um café? Primeiro o remédio em jejum, primeiro as obrigações...
Meus olhos avistam um Tintim na grade da varanda bem olhando pra dentro da sala e para mim mexendo olhinhos e cabecinha, confiadamente.
Alerto, sim, calma já te atendo, prometo em pensamento. Vou à cozinha e boto a água a ferver. Lavo a garrafinha dele e abasteço como sempre, instalo-a pendurada no ponto conhecida deles. Imediatamente ele e seus companheirinhos se alvoroçam e disputam a alegria de viver.
Água fervendo, preparo meu café e, xícara cheia, volto a ocupar a cadeira da sala, saboreando o café fumegante. A mente divaga e leva os olhos para os passarinhos enchendo a varanda. Olhos mansos, café saboroso, uma imagem vem surgindo e se aconchega comigo: é minha mãe recostada no sofá da minha casa do “Águas Férreas”. Eu tirei esta foto e a guardei com satisfação. Vejo minha mãe usufruindo o conforto do sofá e o conforto de estar em boas mãos, olhando a filha em quem confia e pode se soltar de suas preocupações e responsabilidades do seu trabalho. MÃE! Mãe, que bom estares em minha vida, doce deusa dos meus dias de infância e dos continuados dias... Mãe, como até agora, um dia qualquer de uma sexta-feira de 2009, Mãe, o tempo não nos separa...
Cerro os olhos, suavemente, pois tudo é suave quando estamos juntas. Parece que meus olhos são o cérebro: és tão mãe e companheira como sempre... E continua. Mãe, Mãe, Mãe como é bom pensar em ti, senti-la no coração, na alma, na vida. Trazes o amor à vida quando a lembrança acalma... Tua presença na alma é tão confortável! Aquele Tintim pedindo atenção lembrou-me de ti. Será? Associações se fazem quando vemos passarinhos... O amor... Mãe, saudade é doce depois de muito tempo, não é? Nada de dor e de sofrimento. Nada se perde ao contrário se ganha compreensão. Querida, meus olhos se abriram, para o dia. Lembrei de dizer pra minha filha que a amo também.
Alô...
Não tinha vontade de acordar. O telefone tocou, despertou-me para o real dia começando, olhos inchados ainda ligados ao macio das cobertas e do sono num dia de inverno, friozinho, mas cheio de sol lá fora. Atendi uma desconhecida voz, provável engano invadindo a paz.
Não queria acordar, mente e corpo harmonizava repouso. Nenhum pensamento, fui á sala e vi as horas no relógio da parede, Sentei, hum? Fazer um café? Primeiro o remédio em jejum, primeiro as obrigações...
Meus olhos avistam um Tintim na grade da varanda bem olhando pra dentro da sala e para mim mexendo olhinhos e cabecinha, confiadamente.
Alerto, sim, calma já te atendo, prometo em pensamento. Vou à cozinha e boto a água a ferver. Lavo a garrafinha dele e abasteço como sempre, instalo-a pendurada no ponto conhecida deles. Imediatamente ele e seus companheirinhos se alvoroçam e disputam a alegria de viver.
Água fervendo, preparo meu café e, xícara cheia, volto a ocupar a cadeira da sala, saboreando o café fumegante. A mente divaga e leva os olhos para os passarinhos enchendo a varanda. Olhos mansos, café saboroso, uma imagem vem surgindo e se aconchega comigo: é minha mãe recostada no sofá da minha casa do “Águas Férreas”. Eu tirei esta foto e a guardei com satisfação. Vejo minha mãe usufruindo o conforto do sofá e o conforto de estar em boas mãos, olhando a filha em quem confia e pode se soltar de suas preocupações e responsabilidades do seu trabalho. MÃE! Mãe, que bom estares em minha vida, doce deusa dos meus dias de infância e dos continuados dias... Mãe, como até agora, um dia qualquer de uma sexta-feira de 2009, Mãe, o tempo não nos separa...
Cerro os olhos, suavemente, pois tudo é suave quando estamos juntas. Parece que meus olhos são o cérebro: és tão mãe e companheira como sempre... E continua. Mãe, Mãe, Mãe como é bom pensar em ti, senti-la no coração, na alma, na vida. Trazes o amor à vida quando a lembrança acalma... Tua presença na alma é tão confortável! Aquele Tintim pedindo atenção lembrou-me de ti. Será? Associações se fazem quando vemos passarinhos... O amor... Mãe, saudade é doce depois de muito tempo, não é? Nada de dor e de sofrimento. Nada se perde ao contrário se ganha compreensão. Querida, meus olhos se abriram, para o dia. Lembrei de dizer pra minha filha que a amo também.
Alô...