Menos louvação e mais ação
Como todos já perceberam, tenho insistido incansavelmente no meu objetivo de cumprir um trabalho de “catequese” junto aos interessados em mudar o Mundo, embora seja uma labuta que requer muita perseverança, muito estudo, muita pesquisa e muita experiência, desde que é uma luta maior do que à voltada a parar um trem em alta velocidade, que está se aproximando muito rapidamente a uma ponte que ruiu lá mais adiante, e ninguém, nem o maquinista, tendo consciência do que seja possível fazer para evitar o pior. Acontece que, se ninguém se habilitar a fazer algo, tudo já estará consumado – o resultado final será muito triste, com certeza.
Vejamos, por exemplo, o que tem acontecido com os religiosos, que estão se perdendo em caminhos que irão resultar em becos sem saída, porque, apesar de haver uma quantidade exorbitante de igrejas e seitas, algumas de grande porte e outras em simples fundo de quintal, o andamento da civilização encontra-se totalmente fora do eixo, haja vista tudo o que está acontecendo com o Planeta e com os seres humanos, indo na contramão das sagradas escrituras, das palavras deixadas pelos grandes mestres e das demonstrações de civilidade e de amor ao próximo, que eles praticaram como exemplos vivos. Os atuais sacerdotes e donos de religiões fazem questão de impingirem aos crentes infindáveis “carradas” de dogmas, de “mistérios” e de rituais, que só fazem por desorientar e de expor seus fiéis ao ridículo, sem que com isso haja algo de útil para a salvação da humanidade, porque o caminho da salvação não está nas simples demonstrações de louvação a Deus ou de cultos e rituais místicos e, muito menos, nas proibições impostas aos seguidores, transformando-os em verdadeiros alienígenas. A obrigação das mulheres usarem saias e cabelos longos, sem se falar do uso de “burcas” pelas muçulmanas, são o pico da demonstração de desrespeito ao ser humano, porque são práticas que não levam à melhora de coisa alguma e que não servem pra evolução de quem quer que seja, porque não é nada disso que os grandes mestres preconizaram em suas andanças por aqui.
O homem deverá crescer em espiritualidade até ao ponto de se divinizar, isto é bem lógico, haja vista as revelações sobre o Paraíso Terrestre, que seria um local onde somente seres divinos poderiam participar, de acordo com as vibrações das energias de alta espiritualidade, onde os medíocres e os mundanos não conseguiriam sobreviver. Ora, a participação em rituais complexos, cheios de simbolismos e superstições; a autoflagelação, o pagamento de promessas vazias, os pedidos de graça para si e familiares, a própria entrega ao exorcismo do “mal”, o apego a somente uma única religião, transformando as demais em coisas do demo; as proibições e as obrigações eclesiásticas, o endeusamento de pastores, padres e ministros (ou bispos); as orações em tom de lamentações, o postar-se de joelhos ou até deitar-se no solo, para demonstrar submissão às divindades; a imposição de conceitos religiosos a familiares e amigos, a ponto de haver a criação de focos de conflitos; a intolerância, o fanatismo etc., etc., só fazem por embrutecer a capacidade humana de chegar a qualquer evolução espiritual. _Não, realmente não é por aí o caminho, porque os resultados estão cada vez mais desastrosos, pra qualquer mundano comprovar – o trem continua desenfreado, apesar de tanta louvação a Deus!
Apenas e tão somente àqueles que souberem interpretar os ensinamentos sagrados dos grandes mestres é que as bênçãos do Criador irão cair, pois são esses mestres os arautos das palavras de salvação, que, se seguidas, irão resultar, sem dúvida, na formação de uma civilização paradisíaca, pra todo o sempre. Se tivermos o espírito de busca suficiente para entendermos a vontade do Supremo, basta seguirmos Suas orientações e tudo irá se transformar em verdade, bem e belo.
É simples, tudo se resume no pragmatismo religioso em prol da formação da felicidade do próximo, sem se preocupar com a própria salvação, sempre baseado no amor verdadeiro, no altruísmo, na vontade férrea de cumprir a vontade de Deus, através de ações úteis ao desenvolvimento da humanidade, sem perdas de tempo com banalidades improdutivas.