Falta alguma coisa
Falta alguma coisa que não sei bem o que é. Uma sensação de vazio que não combina com a multiplicidade da arte que há em mim.
O sonho insiste em despertar todos os dias. Minha razão de viver está no encantamento alheio através das palavras, das sonoridades, das ligações invisíveis e mágicas entre pensamentos e formas de expressão.
Quero tocar fundo no peito e garantir aquele baque que se segue após a identificação.
E um sorriso, talvez. Quando não a lágrima, materialização pura e tenra da emoção. Tudo é reconhecimento em forma de humanidade. E este reconhecimento - gratutuito, sincero, voraz, analítico, sensível - é o que faz brilhar meus olhos.
A certeza é uma: é na arte, e em nada além dela, que está minha felicidade.