VIDE COR MEUM.
“E pensando nela, sou tomado por um sono doce,
então, vejo-a coberta por um véu.
Está amparada pelo amor, que diz ser meu mestre,
e mostra-me um coração.
Um coração em chamas, que diz ser meu.
Então o amor a acorda e a alimenta com meu coração flamejante.
Relutantemente ela o aceita.
Soturnamente, o amor a leva consigo para o paraíso”.
Vez ou outra me pego tentando tecer observações sobre magnificências. E na maioria das vezes me vejo incapaz de tal empreitada. É a tipicidade de agora na qual me encontro. Vejo minha lixeira abarrotada de minhas tentativas ao deparar-me com a grandiosidade dos fatos, algo perpétuo. Uma história indistinta, uma verdade irritante, nenhuma semelhança há de se justificar. Este é o relato de um amor platônico imensurável, onde os envolvidos se conhecem aos noves anos de idade, surgindo inexplicavelmente um fervor indescritível por parte dele. Este fervor se prolonga por mais nove anos, sem ter havido neste espaço de tempo uma única troca de palavras entre ambos.
Houve aos dezoitos anos de idade outro encontro e neste uma troca de olhar e um aceno de mãos, bastantes para que aquele fervor de antes se transformasse em paixão. Por compromissos assumidos pelas famílias, os dois são obrigados a dividir suas vidas com outrem. Passados alguns anos a sua pretensa cara metade, razão de todo esse sentimento, morre. Podemos tentar imaginar a dor pelo qual foi sujeitado, perdera sua simbologia. Seu amor límpido, inatingível. Não haveria comparações outras, pois, não conceberam o toque.
Esses acontecimentos que se culminaram no ano de 1291 nos infundem consternação, estão descritos em versos e prosas em um livro. É a verdadeira história de renovação de vida de Dante Allighieri, o novo mundo, ao qual acabara de adentrar, devido ao seu sublime amor por Beatrice, quem acabara de perder. Este mesmo livro intitulado, “A Vida Nova”, levou a Itália provincial de então, a unificar o país, visto que, lançou as bases ao atual vernáculo por toda a Península itálica. Os versos acima, retirados do mesmo livro, foi um sonho que tivera com sua amada, o qual não entendeu, apesar da luta por fazê-lo.
Em um fim de semana, em meio a uma folga nos afazeres, aproveitando da estada na apaixonante e moderna, tanto quanto, da antiga e histórica Itália, uma breve e despretensiosa viagem me propus. Deparei-me por entre vielas, becos e praças, todos majestosos e abundantes em artes, de passado nobre e magnífico. Estava a respirar daquele mesmo ar cultural milenar da velha e clássica Florença, que foi o palco do infortúnio de um amor não consumado.
Pude enfim, realizar a dimensão da história...
“E pensando nela, sou tomado por um sono doce,
então, vejo-a coberta por um véu.
Está amparada pelo amor, que diz ser meu mestre,
e mostra-me um coração.
Um coração em chamas, que diz ser meu.
Então o amor a acorda e a alimenta com meu coração flamejante.
Relutantemente ela o aceita.
Soturnamente, o amor a leva consigo para o paraíso”.
Vez ou outra me pego tentando tecer observações sobre magnificências. E na maioria das vezes me vejo incapaz de tal empreitada. É a tipicidade de agora na qual me encontro. Vejo minha lixeira abarrotada de minhas tentativas ao deparar-me com a grandiosidade dos fatos, algo perpétuo. Uma história indistinta, uma verdade irritante, nenhuma semelhança há de se justificar. Este é o relato de um amor platônico imensurável, onde os envolvidos se conhecem aos noves anos de idade, surgindo inexplicavelmente um fervor indescritível por parte dele. Este fervor se prolonga por mais nove anos, sem ter havido neste espaço de tempo uma única troca de palavras entre ambos.
Houve aos dezoitos anos de idade outro encontro e neste uma troca de olhar e um aceno de mãos, bastantes para que aquele fervor de antes se transformasse em paixão. Por compromissos assumidos pelas famílias, os dois são obrigados a dividir suas vidas com outrem. Passados alguns anos a sua pretensa cara metade, razão de todo esse sentimento, morre. Podemos tentar imaginar a dor pelo qual foi sujeitado, perdera sua simbologia. Seu amor límpido, inatingível. Não haveria comparações outras, pois, não conceberam o toque.
Esses acontecimentos que se culminaram no ano de 1291 nos infundem consternação, estão descritos em versos e prosas em um livro. É a verdadeira história de renovação de vida de Dante Allighieri, o novo mundo, ao qual acabara de adentrar, devido ao seu sublime amor por Beatrice, quem acabara de perder. Este mesmo livro intitulado, “A Vida Nova”, levou a Itália provincial de então, a unificar o país, visto que, lançou as bases ao atual vernáculo por toda a Península itálica. Os versos acima, retirados do mesmo livro, foi um sonho que tivera com sua amada, o qual não entendeu, apesar da luta por fazê-lo.
Em um fim de semana, em meio a uma folga nos afazeres, aproveitando da estada na apaixonante e moderna, tanto quanto, da antiga e histórica Itália, uma breve e despretensiosa viagem me propus. Deparei-me por entre vielas, becos e praças, todos majestosos e abundantes em artes, de passado nobre e magnífico. Estava a respirar daquele mesmo ar cultural milenar da velha e clássica Florença, que foi o palco do infortúnio de um amor não consumado.
Pude enfim, realizar a dimensão da história...