Chego aos meus cinquenta anos e atrevo a dizer: a vida e seu apogeu começam a partir de agora, antagônico ao dito popular que diz começar aos quarenta. O motivo desse direcionamento está na sensatez adquirida e absorvida ao longo desses mesmos anos, que me tornaram mais perceptível aos problemas, que no passado eram insolúveis e ora se transformam em solúveis e corriqueiros.
Desde jovem venho ouvindo que o Brasil é o país do futuro, eu sou filho desta terra e atinjo os cinquenta sem constatar a mesma sensatez que meu país deveria ter adquirido, ao longo de seus quinhentos e poucos anos. Os problemas do passado se avolumam aos do presente, perpetuando-se em uma triste rotina. Magistrados vendem sentenças no Judiciário, o legislativo negocia favores, enquanto seus integrantes vendem votos. Nos executivos, os donos do poder, sempre dizem desconhecer, mas compram quem se vende, e vendem de um a tudo, para se perpetuarem no poder. Mais recentemente outra constatação nesse comércio espetaculoso, até árbitros vendendo resultados em partidas de Futebol. Fico a imaginar quem dos últimos campeões, comprou seu titulo?
Vez ou outra nos forçam um referendo, às vezes inoportuno, com perguntas capciosas, não seria o caso de um referendo com perguntas simples, indagando, por exemplo, a aprovação ou não de suas administrações, seja federal, estadual ou municipal? Exigem de nós responsabilidades de cidadania, mas esquecem que foram por nós constituídos, nomeiam seus próprios corregedores, que nunca cobram decência em suas obrigações. Ocupam casas que dizem ser do povo, sujas e mal cheirosas, demonstram desinteresse em limpá-las, pois, não a querem limpa, foi na sujeira que se constituíram e é neste ambiente pútrido que gostam de viver. Fico a imaginar: será que nos próximos 50 anos, essa mentalidade ignóbil se arrefecerá?
(Set.2005).
Desde jovem venho ouvindo que o Brasil é o país do futuro, eu sou filho desta terra e atinjo os cinquenta sem constatar a mesma sensatez que meu país deveria ter adquirido, ao longo de seus quinhentos e poucos anos. Os problemas do passado se avolumam aos do presente, perpetuando-se em uma triste rotina. Magistrados vendem sentenças no Judiciário, o legislativo negocia favores, enquanto seus integrantes vendem votos. Nos executivos, os donos do poder, sempre dizem desconhecer, mas compram quem se vende, e vendem de um a tudo, para se perpetuarem no poder. Mais recentemente outra constatação nesse comércio espetaculoso, até árbitros vendendo resultados em partidas de Futebol. Fico a imaginar quem dos últimos campeões, comprou seu titulo?
Vez ou outra nos forçam um referendo, às vezes inoportuno, com perguntas capciosas, não seria o caso de um referendo com perguntas simples, indagando, por exemplo, a aprovação ou não de suas administrações, seja federal, estadual ou municipal? Exigem de nós responsabilidades de cidadania, mas esquecem que foram por nós constituídos, nomeiam seus próprios corregedores, que nunca cobram decência em suas obrigações. Ocupam casas que dizem ser do povo, sujas e mal cheirosas, demonstram desinteresse em limpá-las, pois, não a querem limpa, foi na sujeira que se constituíram e é neste ambiente pútrido que gostam de viver. Fico a imaginar: será que nos próximos 50 anos, essa mentalidade ignóbil se arrefecerá?
(Set.2005).