O CANTO DA SEREIA
 
Ler e escrever; realmente é um sonho, é uma paixão, é um querer. Tudo de repente se realiza quando este que também escreve sonha em ver seus sonhos realizados, num plano tão fascinante que lembra às vezes como se esse fosse marinheiro de primeira viagem.

E assim se encantasse pelo canto da sereia. Mas que sereia, tudo é fascinação, nada se vê totalmente por inteiro, tampouco em capítulos de novela como estes nos fosse apresentados pela televisão.

 Aquele que escreve quer ver logo seu nome de um modo agradável ser comentado. Aquele que lê se vê adentrar num sonho por tantos imaginados. E assim entre o ler e escrever, autor e leitor se mostram deveras apaixonados.

É uma recíproca sem igual quando o conto se apresenta em formas bem definidas, que seja num poema, que seja numa crônica, ou algo bem restrito, ultrapassando limites, ou derrubando alguns muros criados pela imaginação.

E o que mais chama a atenção num leitor, é que enquanto você diz que tudo incita, ele apenas diz que o escritor faz fita em narrar um romance onde tudo não passa de num lance apaixonante, ou que este tenha uma boa interpretação. Interpretação essa que depende muita da escrita, onde colocamos parênteses, reticências e vírgulas.

E o canto da sereia, por muito encanta aquele marinheiro que pela primeira vez faz da sua viagem um sonho jamais descrito, quando por muito quer logo ser lido, numa boa descrição.

E não é pra menos, que seja aqui, ou mesmo em outra nação, onde escritor e leitor são cúmplices numa mesma integração.