ADULTÉRIO MÚTUO

ADULTÉRIO MÚTUO

Minutos antes de Max sair do motel com sua amante Paula, Laís sua esposa parou de carro e colocou-se à frente do motel e esperou. Max saiu de carro e viu que Laís estava a sua espera. Laís não deu um sinal de abatimento, não fez escândalo, apenas deixou que Max visse a sua presença ali. Ligou seu carro numa calma que só o desespero dá, arrancou com uma destreza impressionante e foi esperar a chegada de Max em casa.

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

A cara embasbacada de Max deixou Paula numa preocupação confusa.

- O que foi meu amor, parece que viu um fantasma? – Diante da colocação de Paula ele desviou o assunto.

- Não foi nada meu anjo. Vamos pra casa.

Paula achou muito estranho a reação que Max tivera, na sua ingenuidade de amante que era, não sabia da condição conjugal de Max.

Quando conhecera Paula, não viu necessidade em dizer aquela linda mulher que era casado. Paula era apenas mais uma de suas muitas amantes.

Max amava Laís com a mais profunda sinceridade, amava aquela mulher com uma força tão grande que era capaz até de morrer por ela. É bem verdade que tinha o grave defeito de não poder ver um rabo de saia. Era mais forte do que ele. Quando Max se deparava com uma mulher bonita perdia todos os sentidos, era como se virasse outra pessoa. Esse desejo que ele sentia em ter outras mulheres que não a sua era incontrolável.

No caminho da casa de Paula, Max não disse uma palavra. Paula viu que Max estava muito diferente, ele não conseguia esconder sua cara de preocupação. No portão da casa de Paula não resistiu e contou:

- Eu vi minha mulher.

- Mulher? Como assim? Você é casado? – Paula fez essas perguntas numa velocidade de fala impressionante.

- Isso mesmo, eu sou casado e amo minha mulher mais do que minha própria vida, e tem mais, vou pedir perdão a ela e nunca mais vou ter outra mulher em minha vida, apenas ela. – Paula entendeu o recado, saiu do carro sem se despedir de Max, e entrou em sua casa batendo fortemente aporta.

Quando Max entrou em casa e viu que Laís o esperava, ele não teve nenhuma reação, deixou que ela desabafasse porque ele sabia que estava completamente errado.

E então com a voz baixa e numa calma impressionante perguntou:

- Desde quando?

- Isso não importa, o que importa é que nunca e eu juro nunca mais eu vou te trair. – Havia em suas palavras a mais abundante sinceridade. Laís viu que suas palavras eram sinceras. Laís conhecia o marido e nunca desconfiara dele, mas em questão de sinceridade ela sabia, quando Max mentia e quando falava a verdade, nessa ocasião era a mais pura verdade o que ele dissera.

- E se fosse eu quem te traísse, o que você faria? – Um tapa na cara ou uma bala no peito de Max ia doer muito menos do que as palavras de Laís. E então ele respondeu:

- Eu me enforcaria. – Laís quando ouviu essas palavras deitou-se na cama e o chamou Max. Nessa noite se amaram como nunca havia acontecido.

Laís perdoara Max, mas nunca esqueceu o acontecido, só não o traia também porque nunca tivera tal oportunidade.

Nunca tivera até conhecer Pablo. Rapaz de muito boa aparência, elegante e despertara em Laís um desejo incontrolável.

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Minutos antes de Laís sair do motel com seu amante Pablo, Max seu marido parou de carro e colocou-se à frente do motel e esperou. Laís saiu de carro e viu que Max estava a sua espera.

Quando Laís chegou em casa, viu quando Max subia numa cadeira e colocava uma corda em seu pescoço. Antes que Max se jogasse ela gritou:

- Não faça isso! Eu te amo com toda força que há em meu coração, e sem você eu não viverei.

Nessa e em todas as outras noites de suas vidas, fizeram amor, como se fosse a primeira vez.

Renann Calazans
Enviado por Renann Calazans em 13/07/2009
Código do texto: T1697957
Classificação de conteúdo: seguro