NA NOITE SOTEROPOLITANA

Noite de sexta-feira.

Saímos do trabalho direto para o “Casquinha de Siri”, em Piatã.

Pedimos cerveja e peixe assado.

Todo mundo rindo e conversando animadamente.

Ficamos ali por mais de quatro horas.

Até que a mesa foi se esvaziando.

E restamos só nós cinco, amigos de longa data.

Tomamos a “saideira” e também nos picamos.

Fomos ao “Pigalle”, mas após uma rodada de cerveja saímos dali, estava parado demais, triste demais.

Alguém sugeriu irmos ao clube “Casa D’Itália”, no Campo Grande.

Fomos.

O lugar estava lotado.

Com muita gente bonita.

Um de nossos amigos era parente da Sarajane, que faria um dos shows da noite ali.

Sentamos à mesa dela, em que estava também o Luiz Caldas, um cantor feirense já bastante conhecido em Salvador, por cantar no carnaval com o seu Trio Camaleão.

E logo nos enturmamos.

Sarajane fez o seu show, acompanhada em uníssono pela galera.

Em seguida foi a vez de o Luiz Caldas subir ao palco e cantar suas canções de deboche. A minha preferida era “Magia”.

Depois ele retornou à mesa e continuamos a beber, comer e falar animadamente.

Saímos dali às cinco horas da manhã, para ver o nascer do sol no Farol da Barra.

O astro-rei avermelhado saindo de dentro das águas, Reino de Janaína, é o espetáculo mais bonito que eu já vi.

Tomamos água de coco ali perto e fomos embora dormir, para enfrentar, mais tarde, o agito da noite do sábado que então iniciava, com a benção de Xangô.