Palavra que não entendo

Não entendo, não entendo...

Quando chego a pensar na vida, não sei se me dá vontade de rir, chorar, ou sair correndo como louco por aí afora. Também não é pra menos, se eu parar para analisar mesmo que superficialmente, indubitavelmente vou esbarrar nos blefes e nas armadilhas fantásticas, preparadas pelos insondáveis labirintos do nosso Planeta e chegar a terrível conclusão que a vida que nos é concedida, é apenas emprestada. Não é de graça, não! Temos que dar um duro danado para mantê-la razoavelmente para sobreviver, senão voltamos rapidinhos, por saber, todavia, que a qualquer momento podemos perdê-la. É diferente de outros empréstimos, quando não ser possível pagar no vencimento, paga-se uns jurinhos, e pronto! O prazo será prorrogado. No caso da vida não há prazo para resgate, levam-nos sem mais nem menos (nem sabemos para onde) inapelavelmente, sem nenhum aviso e sem dar a nós, pelo menos um tempinho, ou um aviso prévio, para que façamos pelo menos uma “reza braba”.

Afinal, qual é? Nós pedimos para nos emprestar a vida? Claro que não! Que culpa temos nós se algum espermatozóide louco foi inocentemente ao encontro de um óvulo perdido por obra do acaso? Então, trata-se de uma transação injusta e covarde, pois nem chance de nos recorrermos a um Tribunal, não temos.

“Cá pra nós”! Não sabemos nem porque estamos aqui, mas já que aqui estamos, não seria mais humano nos facultar um tempo maior de vida em boas condições de saúde? Assim, poderíamos desfrutar melhor das inúmeras arapucas das ilusões e enganações deste mundo.

Olha! Não pedi para vir, mas palavra que não estou arrependido, isto aqui é uma maravilha. Mas o pior é que o período é tão curto para apreciarmos as boas coisas da vida, enfatizando principalmente as mulheres... Quando começamos a gostar daqui e achar bom o mundo, sem mais nem menos lá vamos nós. Certamente, o dono do mundo não pensa assim, quando resolve nos retomar a vida, não há cristo que o demova da idéia. Deve ser para rir da nossa cara, ou curtir a satisfação de retomá-la, sem mais nem menos. Aí, quando menos esperamos; puff! “Você aí, venha rápido”. Mesmo sem gostar e com “cara feia” embarcamos de volta sem ao menos saber para onde; provavelmente, para o “NADA” e depois nos transformarmos novamente em moléculas dos diversos componentes químicos do nosso corpo, para a composição de novas vidas futuras.

E lá vamos nós com passagem só de ida; sem volta. Queira ou não!

Luiz Pádua
Enviado por Luiz Pádua em 12/07/2009
Reeditado em 26/07/2009
Código do texto: T1695778