ÓINC! ...SAÚDE!

Enquanto os espirros da pandemia eram dados no exterior, tudo estava sob controle.

Logo em seguida vieram as piadas. Porque brasileiro pode não ter muita cultura, mas, criatividade e senso de humor tem de sobra, sem precisar pagar.

Depois veio a especulação: “Gripezinha à toa!” “ Terrorismo forjado pra desviar a atenção da crise econômica!”

Agora ela está aqui pertinho. Da Argentina ao Rio Grande do Sul para chegar a Santa Catarina é um pulo.

Viagens estão canceladas. Concentração de muita gente, melhor evitar. As férias estão sendo antecipadas. Porém, não se sabe bem no que acreditar.

Pra piorar o frio do Sul sempre trouxe gripe. Agora a pergunta que gira em todas as rodas é:

_ Com tanta gente gripada, como vamos identificar?

Tem sempre o engraçadinho que garante que, se invés do tradicional ATCHIM o cara soltar um OINC, é a maldita!

É pra temer, ignorar ou rir?

Até que é um jeitinho maneiro, driblar o medo com o riso.

Mas, a preocupação inegável é de que com a precariedade do atendimento dos hospitais públicos, quem não tiver dinheiro pode começar a rezar, pra não dizer coisa pior.

Tem gente que apavora. Tem gente que tranquiliza. Tem a televisão que às vezes aumenta, outras diminui...

Mais uma vez só nos resta aguardar, torcer e rezar que tudo não passe de mais um alarde sem grandes consequências.

Porém, para as mães a preocupação é dobrada.

Soube que outro dia um menino chegou aos prantos em casa:

- Mãe, o pai do Beto disse que se eu pegar a gripe do porco vão me prender num chiqueiro.

A mulher não teve dúvidas. Saiu na mesma hora atrás do pai do Beto.

Dizem que ela lhe disse tantas e boas que o homem enfiou o rabo entre as pernas e não colocou o focinho pra fora de casa o resto do dia.

Só vendo para crer, igualzinho a gripe A.

Léia Batista
Enviado por Léia Batista em 12/07/2009
Reeditado em 27/07/2009
Código do texto: T1695067