"Sorry Seems To Be The Hardest Word"


Há vezes em que o perdão é a única cura, a única resposta para a agonia - este mesmo perdão que é  tão falado e tão incrivelmente complicado. São nestas ocasiões que percebemos as tramas internas do ser humano. Afinal, em quantas oportunidades nos privamos de concedê-lo e em quantas outras deixamos de pedí-lo?
Um simples: "Desculpa aí!";  "Perdoe-me!"; Pode alterar rumos. Ainda assim, nos calamos. Talvez seja orgulho, ou pura mesquinhez. Não sei. Apenas percebo o silêncio cortar o ar feito aço.

Não costumo guardar rancor, nem prolongar meus pedidos de 'sinto muito'. Nunca fui uma pessoa de esconder a mágoa, quanto mais de agarrar-me a ela. Sou como criança: Sinto, vivo e esqueço. Entretanto, quanto  mais tomo meu rumo e deparo-me como que devo viver, mais percebo a dificuldade de se apagar a dor a nós imputada.

Soa a "vendetta" guardar para si algo capaz de libertar, sarar, permitir seguir. E o problema com a vigança é que ela não apenas atinge o alvo, sai pela culatra, fere o atirador. Enquanto não se for capaz de apagar a dor infligida por outrem e perdoá-lo, não se consegue viver, apenas se sucedem os dias arrastados.

São nestes momentos em que o  'sinto muito' parece a expressão mais pesada, mais difícil de ser lançada e/ou pedida é que se deve montar as forças em sequência e, aos poucos, lutar contra a revanche pessoal. Pois, do saldo das guerras o que resta são sonhos, esperanças, vidas, partidos e muitas vezes sem qualquer perspectiva de solução.

Antes de odiar, ignore e prossiga armado com algo esclarecedor: O Perdão!

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* Fotografia tirada por mim *
Karla Hack dos Santos
Enviado por Karla Hack dos Santos em 10/07/2009
Reeditado em 10/07/2009
Código do texto: T1692823
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