É muito fácil ser feliz
Acho muito engraçado o fato das pessoas, hoje em dia, mostrarem uma capacidade extremamente mutante de externarem muita alegria ou extrema tristeza, na dependência, muitas vezes, simplesmente da vitória ou derrota do seu time do coração, a ponto até de haver influência nos comportamentos sociais, profissionais e familiares, gerando assim motivos de desavenças mil, como se tudo isso tivesse alguma importância para a continuidade da vida neste planeta. A alegria fugaz ou a tristeza gratuita apenas demonstra que estamos mesmo é chafurdando no limbo da ignorância, orquestrado pelo apego, pelo egoísmo e, principalmente, pelo impulso de sobrepujar os semelhantes, a qualquer custo, pouco se importando com os sentimentos alheios, desde que isso nos atraia prazer, notoriedade e “felicidade”.
Muitos acham que encontraram a felicidade apenas porque têm muito dinheiro, ou porque se destacam perante a sociedade, seja pela aparência física, pela voz melodiosa, pela fama, pela capacidade de se manter na mídia etc.; ora, se isso fosse verdade então qual a razão de estarmos presenciando inúmeros casos de grandes famosos, muito bem sucedidos, chegarem a se degradar nas drogas, caírem na depressão e até a se matarem, muitas vezes no auge da “crista da onda”?
Montemos, em rápidas pinceladas, o conceito do que seja realmente a fórmula da vivência feliz – alguém já aquilatou como seria maravilhoso conseguirmos a força de passarmos pelas agruras que nos cercam a todo instante, dentro do contexto infernal em que vivemos, sempre mantendo a calma, a compreensão, a aceitação, o aprendizado e, o mais importante, o sentimento de gratidão? Acredito que dá para entender o quanto é poderoso para o delineamento do nosso destino feliz o fato de passarmos a viver sem angústias e medos, mesmo estando nós rodeados de toda sorte de violência, de miséria e de doenças, sempre sob ameaças vindas do imponderável. É evidente que, se estivéssemos convivendo hoje dentro de um mundo paradisíaco, apenas teríamos amor, abundância e saúde verdadeira, o que seria muito bom, porém a realidade é muito outra, razão pela qual devemos tomar consciência de que a felicidade só irá sorrir para quem conseguir conquistá-la por mérito.
O segredo para sermos felizes está em nossas mãos, basta darmos vazão aos sentimentos de altruísmo e de gratidão, preocupando-nos com o sofrimento daqueles que estiverem ao nosso redor, levando-lhes alento e orientação de como proceder nos momentos difíceis que, se forem ultrapassados com dignidade e paciência, trarão muita razão para agradecimentos, pois o resultado final será sempre o crescimento espiritual, revertendo-se assim em inúmeras graças. Ora, a gratidão daqueles a quem lhes foi ensinado o caminho que leva à espiral ascendente do bem viver, sempre será convertida em luz e vibrações altamente positivas, diretamente ao próprio benfeitor, portanto, ao nos tornarmos anjos salvadores de outrem, mais e mais força ganharemos, por conta dessa polarização de energias, que irão provocar mudanças benfazejas em nosso destino, a olhos vistos. Ao contrário, se nos tornarmos alvos da ira alheia, esse será o caminho da nossa própria destruição, de forma inconteste, sem direito a apelação a instâncias superiores. Tudo só depende do esforço sincero que fizermos para levarmos alegria aos nossos semelhantes – é preciso ficar bem claro que de nada adianta levarmos peixe para o faminto, o importante é ensinar-lhe a pescar, assim ele jamais passará fome novamente, ficando portanto eternamente grato ao seu “professor” – vejam que até para ajudarmos alguém temos que colocar, além do amor e da compaixão, também uma grande dose de sabedoria, razão pela qual só nos resta o aprendizado de como agirmos, o que devemos falar e qual deve ser o grau do nosso sonen (razão, sentimento e vontade), se quisermos ser úteis para o desenvolvimento de uma sociedade provedora de saúde, prosperidade e paz.
Quanto mais corrermos atrás da nossa própria felicidade, através de ações egoísticas e depredatórias, será o quanto estaremos plantando de desgraças para o nosso destino mesmo, incluindo-se aí os nossos descendentes; esta é a Lei Universal, absoluta, imutável e infalível.