O AMOR É UMA MARCA ETERNA

Entendo o amor, como bem descreveu Shakeaspeare: “ O amor só é amor, se não se dobra a obstáculos e não se curva à vicissitudes... é uma marca eterna... que sofre tempestades sem nunca se abalar”.

E por entender o verdadeiro amor desta maneira é que não concebo como uma gripe, cujos sintomas não interferem no bem querer, pode afetar o sentimento amor.

O que me parece é que, com gripe ou sem gripe, nem todos conhecem tal sentimento. Existem os que se deixam conduzir pelo ego, uma entidade da psique que não conhece o amor, como afirma Luis Pellegrini.

Vejo o amor como incondicional, que mesmo dividido não diminui, ele não se vai num espirro, nem escorre nariz abaixo com a coriza, é como “uma marca cósmica, uma infinita lágrima de alegria e um abraço sem fim!”.

Não, gripe nenhuma afetaria o meu amor, nem a sua ausência, pois eu me valeria de Carlos Drummond de Andrade e proclamaria “... Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim. / E sinto-a, branca, tão pegada, / aconchegada nos meus braços, que rio / e danço e invento exclamações alegres, / porque a ausência assimilada, / ninguém a rouba mais de mim”.

Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 08/07/2009
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