OS GRIPADOS TAMBÉM AMAM
E veio a gripe! Logo agora?! Ninguém merece! A danada me pegou de jeito! O namoro tão no começo e eu, apaixonada, parecia uma devota, flutuando ao ouvir a voz daquele homem declaradamente "louco por mim".
Como ser romântica entre espirros? E o que aconteceu a minha voz, anasalada por natureza? O que seria uma noite romântica, jantar à luz de velas (conheço restaurantes ótimos!) transformou-se no primeiro teste de resistência e senso de humor para meu namorado na época.
Não me perguntem como tive coragem! Vesti um pijama de flanela, cachecol em volta do pescoço e o outro acessório? Uma enorme caneca cheia de chá de limão e mel. E claro, pantufas!
Olhava desanimada para o par de sandálias arrasadoras e o vestido tubinho, comprado em um daqueles acessos de loucura, que só mesmo a paixão conseguiria, quando do outro lado está uma neta de libaneses convicta de que, se é para gastar, sempre menos, por favor!
O porteiro avisou pelo interfone que meu namorado havia chegado, direto do Rio de Janeiro onde havia passado três dias seguidos a trabalho.
Detalhe: minha gripe começou pela manhã e não conseguimos nos falar pelo celular. O que fizemos? Torpedos garantiram a comunicação. E lá fui eu receber a pessoa, me arrastando com o corpo "moído". Abro a porta, depois de espirrar três vezes. Meu namorado arregala os olhos antes de perguntar:
- Vamos a alguma festa à fantasia?
- Não te avisei? Concorro na categoria "susto em distância".
Minha voz soava ridícula, como se tivesse aspirado gás hélio. Ele riu ao me abraçar e sussurrou deliciosamente irônico:
- Nunca pensei que namorar o pato Donald fosse tão interessante.
(*) Imagem: Google
http://www.dolcevita.prosaeverso.net
E veio a gripe! Logo agora?! Ninguém merece! A danada me pegou de jeito! O namoro tão no começo e eu, apaixonada, parecia uma devota, flutuando ao ouvir a voz daquele homem declaradamente "louco por mim".
Como ser romântica entre espirros? E o que aconteceu a minha voz, anasalada por natureza? O que seria uma noite romântica, jantar à luz de velas (conheço restaurantes ótimos!) transformou-se no primeiro teste de resistência e senso de humor para meu namorado na época.
Não me perguntem como tive coragem! Vesti um pijama de flanela, cachecol em volta do pescoço e o outro acessório? Uma enorme caneca cheia de chá de limão e mel. E claro, pantufas!
Olhava desanimada para o par de sandálias arrasadoras e o vestido tubinho, comprado em um daqueles acessos de loucura, que só mesmo a paixão conseguiria, quando do outro lado está uma neta de libaneses convicta de que, se é para gastar, sempre menos, por favor!
O porteiro avisou pelo interfone que meu namorado havia chegado, direto do Rio de Janeiro onde havia passado três dias seguidos a trabalho.
Detalhe: minha gripe começou pela manhã e não conseguimos nos falar pelo celular. O que fizemos? Torpedos garantiram a comunicação. E lá fui eu receber a pessoa, me arrastando com o corpo "moído". Abro a porta, depois de espirrar três vezes. Meu namorado arregala os olhos antes de perguntar:
- Vamos a alguma festa à fantasia?
- Não te avisei? Concorro na categoria "susto em distância".
Minha voz soava ridícula, como se tivesse aspirado gás hélio. Ele riu ao me abraçar e sussurrou deliciosamente irônico:
- Nunca pensei que namorar o pato Donald fosse tão interessante.
(*) Imagem: Google
http://www.dolcevita.prosaeverso.net