É mais fácil

Atualmente é mais fácil encontrar uma Iasmin do que uma Guiomar, uma Fabiana do que uma Odete. Melissa e Flora são mais comuns do que Margarida, Deise ou Margareth. Dianas viraram Dianes; Reginas, Regianes e as Rosanas transformaram-se em Roseanas.

Bentinho, Heitor, Osvaldo, Oscar, Clodomiro e Clodoaldo, não figuram na lista dos jovens. Em compensação, conheço muitos garotinhos chamados Renan, Raí e Ronaldo. Mas é o João Vítor quem ganha o prêmio no Brasil atual.

Aparecidas, mesmo que recatadas, nunca deixaram de aparecer. Josés tampouco saem de moda.Maria não faz mais composição, agora brilha sozinha.

Anastácias, Eufrásias, Eponinas, Escolásticas, Josefinas, Antonietas, Purezas, do Carmo, dos Anjos, das Dores pararam no tempo, mas pode ser que um dia sejam resgatadas.

Nhanhã, Mariquinha, Maricota, Cotinha, Janjão, Pepê, Tonico, Zequinha e Quinzinho eram apelidos corriqueiros no tempo de minha mãe. Eu conheci outros: Cadu, Chico, Quico, Gegê, Gigi, Malu, Lili, Dudu, Caíto, Cacá e Mané. Hoje os jovens usam Gabi, Carol, Ju, Nat, Rafa, Drica, Duda, Dado, Rica, Manu, Jô, Tetê, Vivi, Cris, Tom, Mari, Naná.

Muitos Brunos e Brunas, de cabelos aloirados, circulam por aí, assim como Biancas um tanto escurinhas que vieram substituir as antigas Clarinhas (de Maria Clara).

Renatinhos hoje são Renês. Ditos e Ditas, já de uma certa idade, agora respondem por Benês.

Laura e Beatriz, embora pouco usuais, conseguiram atravessar os séculos sem muitas alternâncias.Beatriz, a amada de Dante, aquela destinada a ser feliz, não muda nem em outras terras. É Beatriz por aqui e em países de língua espanhola. Beatrice (“Beatriche”) na Itália, Béatrice na França e “Biatris” na Inglaterra e Portugal.

E ainda há na Holanda a coroada Beatrix.

Minha xará.