O arroz

Pode parecer meio estranho, e realmente é, mas hoje vou escrever sobre um alimento mundialmente conhecido e igualmente apreciado. No Brasil é o alimento imprescindível nas nossas mesas, mesmo em lugares onde não há nada para se comer, ele é o principal sustento em todas as regiões do país, isso independente da cultura e dos costumes locais, acompanhado do tradicional feijão completa uma deliciosa mistura que desde pequenos aprendemos a saborear.

É difícil saber quando e como iniciou o consumo deste grão em nosso país, porém hoje é parte integrante do nosso enorme cardápio, considerado rico em carboidratos, a sua ingestão está ligada diretamente na fabricação de energia, essencial para o nosso organismo e diferente de outros alimentos não há contra-indicação, sendo liberado para o consumo desde a nossa infância, seja em papinhas, mingaus ou misturado na comida.

Por ser tão popular, todos dizem saber preparar esse delicioso prato, e aí que eu quero entrar na discussão, ninguém tem a receita ideal para o seu preparo cada um possui uma maneira “certa” de fazê-lo e quando sai errado, ninguém assume, a culpa é sempre do arroz, da panela... A começar pela quantidade de óleo. Põe muito, só um pouquinho ou suficiente para fritar? Precisa fritar bem ou não precisa? Só alho e cebola? Só alho? E a medida de água? Dois copos para cada de arroz, menos ou mais? Utiliza panela de pressão ou é melhor na panela normal? Depende do arroz? Agulhinha, parbolizado, integral, tipo 1 ou tipo 2? Quanta dificuldade para preparar um prato, não existe um padrão.

O pior mesmo é depois de pronto, sai cada um que sinceramente considero pura obra de arte, uns se fundem completamente e de vários grãos de tão unidos formam apenas um, nesse caso você desenforma ele em um prato e corta em pedaços para servi-lo, outros não sabemos se queria fazer o arroz ou o famoso risoto, na hora você olha para ele e diz: “Que legal, um risoto de vez em quando é bom”, tem aqueles que até ficam soltinhos, mas precisam passar por um papel toalha para tirar o excesso de óleo, haja colesterol.

Alguns não chegam a se “fundir”, basta um pouco de força para retirá-lo da panela com a colher, tem aqueles que se jogar uns pedaços de frango vira canja, outros com medo de grudar, deixam praticamente pré-cozidos, sendo necessário uma boa dentadura para consumi-lo, alguns se jogar leite, leite condensado e açúcar está pronto um saboroso arroz-doce, ainda tem aqueles que poderiam muito bem virar um bolinho de arroz ou utilizá-lo como base para o preparo do bolinho japonês, quanta “gororoba”, claro que há exceção, tem arroz que de tão gostoso daria para comê-lo sozinho, mas é raro, ou melhor, raríssimo.

O “normal” mesmo é o arroz, unidos venceremos que ao ser misturado com o feijão deixa um pouco melhor, eu sou chato quando se trata do arroz, confesso que sofro quando vou comer fora, pode parecer uma bobeira tendo tanta gente sem alimento em nosso país, no entanto nada como o bom e velho arroz passeando soltos pela panela, não queiram dizer que na hora da fome come-se qualquer coisa, isso é outra história, só não admito que tratem um alimento tão popular no Brasil com descaso, sendo preparado de qualquer jeito, apenas por fazer, sem carinho, sem amor, onde muitas vezes de tão ruim acaba indo para o lixo.

Não sou um experto na cozinha muito dos meus primeiros arrozes, foram dignos de uma surra, consumia na marra, hoje depois de apanhar um pouco, posso dizer que faço um saboroso arroz, solto e podendo ser apreciado com um belo acompanhamento, não estou sendo soberbo, longe disso, mas em relação há muitos por aí, não deixa a desejar para ninguém, convido a todos que quiserem experimentar e não tem segredo, basta escolher o arroz de sua preferência, adicionar a quantidade desejada em uma panela e...

Vocês não pensaram que eu iria entregar a receita de mão beijada né? Hahahaha!!!! Cada um no seu quadrado, ou melhor, cada um com o seu arroz de cada dia. Um bom almoço e bom apetite!!!

Regor Illesac
Enviado por Regor Illesac em 07/07/2009
Código do texto: T1686223
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