A obra de Joaquim Evônio
Prof. Edson Gonçalves Ferreira (Ms) *
Pude ler, com certa prudência, uma parte da obra de Joaquim Evônio e, na verdade, espantei-me com a qualidade dos textos e, principalmente, com a pureza da poesia que descobri. Na verdade, Joaquim Evônio é um escritor e, como escritor, multiplica-se para se sentir e, uma vez feito isso, ganha universalidade no seu redescobrir e recriar o universo com as palavras.
Hoje, muita gente confunde versos com poesia e, na verdade, "Grandes versificadores jamais foram poetas e grandes poetas jamais foram grandes versificadores". Joaquim Evônio é um desses raros talentos que conjuga, perfeitamente, o domínio do verso e, ao mesmo tempo, é poeta. Sim, porque a poesia tem que provocar êxtase. Poesia é sentimento. Sentimento é a coisa mais fina do mundo, mais fina que estudo. Mais fina que a pura técnica.
Nesse sentido, parabenizo Joaquim Evônio que, além dos mais, tem com a sua Varanda das Estrelícias um espaço aberto para todos os poetas que entrarem em contato com ele. Isso mostra a generosidade tão cantada pelo seu conterrâneo Fernando Pessoa. Pessoa dizia que uma vez prontos, os versos já não são do poeta, ganham universalidade e o mundo.
Eis, pois, um poeta plural: Joaquim Evônio que, hoje, cumprimento, não como poeta, não como jornalista, mas como professor de Literatura Brasileira e Portuguesa e, para quem não me conhece, garanto que não sou dado a fazer elogios fáceis e, se teço elogios a obra de Joaquim Evônio é porque, de fato, ela tem fôlego, ela é plural. Parabéns, grande escritor, inimitável poeta.
Divinópolis, 05.07.09