Ciladas da memória
Num condomínio particular, dividido em pequenas casas alugadas, a proprietária está hoje especialmente feliz. Uma senhora alegre, com a casa sempre cheia de netos, bisnetos e os filhos que a visitam periodicamente.
Hoje, recebe a visita de sua filha mais velha, também uma senhora, com cabelos bem arrumados e totalmente brancos. A alegria precisa ser compartilhada! Ela então, chama sua moradora predileta.
- Mara, chegue aqui. Venha ver uma surpresa!
E Mara atende prontamente ao chamado. Aparece acompanhada das suas duas filhas pequenas, de sete e nove anos. Sempre sorridente e simpática, ela cumprimenta:
-Boa tarde! As duas senhoras respondem ao cumprimento, e a proprietária diz:
- Mara, quero lhe apresentar a minha filha mais velha, que está me visitando.
- Muito prazer, a senhora mora muito longe daqui? Pergunta Mara.
- Não. Moro na cidade vizinha, mas venho pouco aqui.
-Fico muito emocionada quando vejo filhas visitando mães, porque já não tenho mais a minha. Fala Mara.
- Mas você tem duas filhas lindas e com certeza vai receber muitas visitas, no futuro. Comenta a senhora mais nova.
-Como as senhoras são parecidas! Comenta Mara, com as meninas tentando se esconder por trás dela.
- Quando saímos juntas na rua, as pessoas dizem que parecemos irmãs! Fala a proprietária com um largo sorriso de satisfação.
Mara despede-se e entra na sua casa com as filhas, estourando de rir.
É a terceira vez que aquele diálogo acontece e ela faz questão de repetir, sem erro, todas as falas. Tem medo de despertar a memória daquelas simpáticas senhoras, a quem já não se distingue quem é mãe ou filha. Não saberia como agir diante do constrangimento!
Num condomínio particular, dividido em pequenas casas alugadas, a proprietária está hoje especialmente feliz. Uma senhora alegre, com a casa sempre cheia de netos, bisnetos e os filhos que a visitam periodicamente.
Hoje, recebe a visita de sua filha mais velha, também uma senhora, com cabelos bem arrumados e totalmente brancos. A alegria precisa ser compartilhada! Ela então, chama sua moradora predileta.
- Mara, chegue aqui. Venha ver uma surpresa!
E Mara atende prontamente ao chamado. Aparece acompanhada das suas duas filhas pequenas, de sete e nove anos. Sempre sorridente e simpática, ela cumprimenta:
-Boa tarde! As duas senhoras respondem ao cumprimento, e a proprietária diz:
- Mara, quero lhe apresentar a minha filha mais velha, que está me visitando.
- Muito prazer, a senhora mora muito longe daqui? Pergunta Mara.
- Não. Moro na cidade vizinha, mas venho pouco aqui.
-Fico muito emocionada quando vejo filhas visitando mães, porque já não tenho mais a minha. Fala Mara.
- Mas você tem duas filhas lindas e com certeza vai receber muitas visitas, no futuro. Comenta a senhora mais nova.
-Como as senhoras são parecidas! Comenta Mara, com as meninas tentando se esconder por trás dela.
- Quando saímos juntas na rua, as pessoas dizem que parecemos irmãs! Fala a proprietária com um largo sorriso de satisfação.
Mara despede-se e entra na sua casa com as filhas, estourando de rir.
É a terceira vez que aquele diálogo acontece e ela faz questão de repetir, sem erro, todas as falas. Tem medo de despertar a memória daquelas simpáticas senhoras, a quem já não se distingue quem é mãe ou filha. Não saberia como agir diante do constrangimento!