HONESTIDADE EXISTE!
É isso mesmo. Apesar do egoísmo, ambição ou algo similar, a honestidade, amiúde, brota ainda no âmago e nas atitudes de algumas pessoas. Ainda bem. Senão, vejamos o que ocorreu com um casal de jovens numa casa lotérica aqui do nosso bairro.
Quando a mais falada e cobiçada loteria da Caixa Econômica Federal está acumulada, isto é, a Mega-Sena, o número de apostadores aumenta, assustadadoramente. Até quem nunca jogou, talvez pelos comentários da mídia e dos vizinhos ou colegas de trabalho, sente impulsionado a fazer a famigerada “fezinha” nessa loteria. Por esse motivo, as casas lotéricas ficam lotadas e em ocasiões assim sempre surgem casos de apostadores apressados que terminam esquecendo algo em algum balcão de apostas.
Um casal de namorados que estava na fila fez o seguinte. Enquanto ele foi ao balcão anotar alguns números, ela ficou aguardando lugar. Logo em seguida, ele chega trazendo, além do seu jogo, um envelope marron, o qual alguém havia esquecido naquele balcão. Olhou inutilmente ao seu redor para descobrir se alguma pessoa estava apreensiva procurando algo, mas não viu nada. Então, ali mesmo, à proporção que a fila se aproximava do guichê, resolveram logo bisbilhotar o interior do tal envelope: nada mais, nada menos do que duas contas. Uma de luz e outra de telefone com o respectivo montante para o seu pagamento. Total: R$280.00 (Duzentos e Oitenta Reais). Ora, não titubearam. Logo que fizeram o seu pequeno jogo, aproveitaram e efetuaram aquele pagamento. Como o endereço daquela pessoa esquecida era fácil de encontrar, o que fizeram. Simplesmente, subscritaram aquele envelope e improvisando uma de funcionários do correio, foram até o prédio e depositaram na caixa coletora de correspondência. Sem dúvida, chegaria tranquilamente às mãos do destinatário e, acima de tudo, eles não precisariam receber nenhuma recompensa em troca dessa bonita atitude, uma vez que, através de tal gesto, simplesmente eles estavam apenas cumprindo o seu dever de pessoa honesta e, obviamente, plantando uma boa ação, cujos frutos, com certeza, virão no porvir.
João Bosco de Andrade Araújo
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