42 - CARTA AO ESCRITOR ROGERIO DE ASSIS ALVARENGA
Itabira-MG, maio de 2009.
Ao Senhor Rogério Alvarenga
Prezado escritor,
Dia destes tomei conhecimento do escritor e agora criei coragem para escrever-lhe. Virgem Maria, como é difícil começar um contato com alguém que é famoso pela sua obra literária! Estava eu conversando com a proprietária de uma empresa aqui de nossa cidade quando havia levado uns trabalhos para serem impressos. Poucos textos, que me atrevi a escrever contando causos da nossa juventude e falando da nossa galera do bairro Campestre.
Aqui nos nossos encontros da turma da “Melhor Idade” sempre falamos da necessidade de registrarmos nossas loucas aventuras como uma forma de não deixarmos cair no esquecimento e passar para as novas gerações um pouco das brincadeiras e causos da nossa época que, de certa forma, perpassam... E chegam até eles. Sempre, todos nós reconhecíamos a necessidade de fazer tais registros, mas daí a ter coragem de fazê-lo de uma forma escrita vai uma distância enorme. Cada um de nós sempre dizendo “qualquer dia destes nós vamos fazer isto”, ou “eu vou fazer aquilo”. Tempo passando e ninguém movendo uma palha, digo,uma pena, aliás, nem pena nem dó, hoje em dia não se usa pena, esta já virou pó!
Durante a conversa com Inês por quase umas quatro horas, tão grande obra a minha, que eu resolvi esperar lá mesmo. Enquanto ficava pronto o serviço ela me falou do querido “tio Rogério” que, escritor, já tinha muitos livros publicados e apresentou-me alguns dos títulos de sua obra. Conversa vai e vem ela me disse ser casada com um dos filhos do senhor Cabral, e perguntou se eu os conhecia. Respondi que sim, e que os meninos do Sô Cabral, como nós os conhecemos, foram nossos colegas peladeiros de longa data e até mesmo. No caso do Cláudio Cabral, disse que jogávamos no Campestre Futebol Clube, melhor time de futebol juvenil da cidade, do interior, quiçá de Minas, segundo Jairo Anatólio Lima, nos seus comentários de outrora. Brincadeiras e exageros à parte. A Senhora Maria Inês Alvarenga Duarte, citou amigos comuns que temos aqui em Itabira como Dr. Paulo Magalhães e muitos outros!
Emprestou-me um dos livros, reiterando cuidados e do carinho que ela tem com os mesmos. E que emprestar ela até empresta não sem um aperto no coração com receio de extravio. Afirmou-me que eu poderia fazer este contato. Confesso, pensei duas vezes ou três e não resistindo, o faço se possível faço laço (de amizade) como dizemos aqui com “Gente boa de Santa Maria”
Abraços
Claudionor Couto Pinheiro