PAPOS DE INVERNO
Olhando pela minha porta uma chuva fria e fina rega o que outrora eram plantas floridas na primavera e agora sofrem com esses ventos frios. E bem certo que as que estão protegidas, pelo muro, vicejam floridas. Flores teimosas alegram esse canto do jardim. Não sei se é pela proximidade do mar ou uma característica do solo, mas o certo é que estamos sobre areia, doce, assim me disseram.
A cidade inteira esta sobre ela ou pelo menos nessa região próxima a praia. Aqui castelos não ruiriam contradizendo o dito popular. E plantar nesse solo exigiu uma atitude ecologicamente correta, adubá-lo com sobras orgânicas dos resíduos domésticos. Um cavador em uma das mãos, de minha mãe, e na outra um saco com um banquete para minhocas, formigas e um monte de outros seres vivos que aguardam, esse composto de cascas de diversas frutas ou legumes, e até mesmo restos de alimentos a serem enterrados.
Atitudes. O que outrora iria para o lixão. Agora virou almoço desse universo microscópico ou não, e em troca nos dão flores, frutas, verduras que nascem e nos abastecem, gerando sobras que serão enterradas. E novamente o ciclo ecológico surpreendente se concretizara. Dar e receber. Provou que plantar nessa areia é construir um castelo solido, mesmo na areia.
DiMiTRi
02/07/09