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PARALELAS
2000
Estava lá em meu guarda-roupas aquele conjunto
meio fora de moda. O casaco comprido demais com
ombreiras. Pelas revistas vi que estava usando no-
vamente roupas feitas com aquele tipo de estampa
risca de giz.
Resolvo então fazer uma reforma, pois não costumo
mesmo rejeitar as coisas que têm algum valor.
Retiro as ombreiras e as mangas, com cuidado para
não estragar. Diminuo a largura, coloco tudo em seu lu-
gar. Deixo a peça como desejo agora.
O resultado excelente, me deixa satisfeita, feliz.
Começo então a refletir sobre aquelas linhas brancas
sobre o fundo preto.
Linhas que não se cruzam, seguem sempre a mesma
direção. Como as pessoas que escolhem ruas paralelas
para fazer caminhada. O mesmo sol as aquecem e iluminam,
mas elas não se encontram; como as linhas que uso para
escrever este texto: minha caneta azul sobre o fundo branco
do papel traçam linhas imaginárias, pois o papel não é pautado.
As pautas faço eu.
Enquanto escrevo.
E este é meu maior prazer: escrever a vocês, que têm a
boa vontade em correr os olhos para minhas mal traçadas
linhas...
Se houver alguma mensagem no que escrevo e ajude alguém
a encontrar caminhos, agradeço a Deus. Sou apenas um ser
humano que também caminha!
Adria T C Comparini
PARALELAS
2000
Estava lá em meu guarda-roupas aquele conjunto
meio fora de moda. O casaco comprido demais com
ombreiras. Pelas revistas vi que estava usando no-
vamente roupas feitas com aquele tipo de estampa
risca de giz.
Resolvo então fazer uma reforma, pois não costumo
mesmo rejeitar as coisas que têm algum valor.
Retiro as ombreiras e as mangas, com cuidado para
não estragar. Diminuo a largura, coloco tudo em seu lu-
gar. Deixo a peça como desejo agora.
O resultado excelente, me deixa satisfeita, feliz.
Começo então a refletir sobre aquelas linhas brancas
sobre o fundo preto.
Linhas que não se cruzam, seguem sempre a mesma
direção. Como as pessoas que escolhem ruas paralelas
para fazer caminhada. O mesmo sol as aquecem e iluminam,
mas elas não se encontram; como as linhas que uso para
escrever este texto: minha caneta azul sobre o fundo branco
do papel traçam linhas imaginárias, pois o papel não é pautado.
As pautas faço eu.
Enquanto escrevo.
E este é meu maior prazer: escrever a vocês, que têm a
boa vontade em correr os olhos para minhas mal traçadas
linhas...
Se houver alguma mensagem no que escrevo e ajude alguém
a encontrar caminhos, agradeço a Deus. Sou apenas um ser
humano que também caminha!
Adria T C Comparini