O Retrato

“- Cómo te llamas?

- Llamavas!...”

Essa “piada”, corrente no início dos anos sessenta, até hoje me dá arrepios. Só de pensar naquele paredón manchado com o sangue de inocentes executados sumariamente por ordens de Fidel Castro e Che Guevara, em nome de uma Cuba Libre! Libre dos Americanos...

De lá para cá alguma coisa mudou. Pouca. Che morreu, virou ícone. O Ditador continua lá cuidando da sucessão, perseguindo cubanos e encantando governantes sul-americanos, além de muitos intelectuais que rastejam a seus pés.

O retrato de Che se espalhou pelos quatro cantos do planeta, estampado em camisetas, broches, biquínis, quadros e tatuagens. Aqueles que o ostentam querem dizer que “um novo homem é possível”, que só aquela revolução é capaz de transformar o mundo para melhor. E a ditadura?... A tortura?... Ninguém faz menção.

Por isso recomendo a leitura do livro O VERDADEIRO CHE GUEVARA, do jornalista Humberto Fontova, que fugiu de Cuba para os Estados Unidos com sua família em 1961, aos sete anos. É formado em Ciência Política pela Universidade de Tulane e mestre em Estudos Latino-Americanos pela mesma Universidade. Se não tivesse conseguido fugir, o que seria dele hoje? Estaria morto ou mofando em alguma prisão.

Prefiro a Democracia e a Liberdade que nossos irmãos, americanos lá do norte, sabem muito bem como prezar.

*********************************

“ – Como te chamas?

- Chamavas... “