Eu tenho um sonho que um dia, até mesmo no estado de Mississippi, um estado que transpira com o calor da injustiça, que transpira com o calor de opressão, será transformado em um oásis de liberdade e justiça.(...) Eu tenho um sonho hoje! (...) E quando isto acontecer, quando nós permitimos o sino da liberdade soar, quando nós deixarmos ele soar em toda moradia e todo vilarejo, em todo estado e em toda cidade, nós poderemos acelerar aquele dia quando todas as crianças de Deus, homens pretos e homens brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão unir mãos e cantar nas palavras do velho spiritual negro: "Livre afinal, livre afinal. Agradeço ao Deus todo-poderoso, nós somos livres afinal."
                                                                ( Discurso de Martin Luther King)


         
  

                                                               

O SONHO CONTINUA...

              

Eu também sonho com o dia em que ser gente será mais importante que ser preto, branco, brasileiro, estrangeiro, americano. Com o dia em que o sol vai nascer para todos e a sombra não será apenas para os mais espertos.

 

Eu continuo sonhando com um mundo onde ser judeu, português, negro, latino ou africano não será motivo de piadas preconceituosas. Eu quero continuar acreditando que a terra é o lugar de todos, um palco onde cada pode apresentar seu espetáculo, não de horror, de combate ao outro, mas de amor e fraternidade.

 

Eu ainda mantenho viva a esperança de viver com segurança, de andar nas ruas e encontrar meu irmão, americano, indiano, europeu ou de qualquer parte do mundo, e olhar para ele como um igual. Um ser humano! 

 

Eu ainda espero pelo dia em que todas as nações, unidas, celebrarão a mútua cooperação, o pacto pelo desenvolvimento humano, a luta contra a fome que mata milhões de irmãos por este mundo afora. E todos falarão a mesma língua - a linguagem do amor - universalmente reconhecida, ensinada nas famílias e reforçada nas escolas.

 

Eu insisto em acreditar que não adianta abrir guerra conta esta ou aquela nação; atribuir a terra de Tio Sam os males que nos atinge não vai resolver nossos problemas.

 

A onda anti-coca-cola nada tem a acrescentar as nossas vidas. Isto também é intolerância. E de intolerância estamos cheios. Pequenos atos de intolerância gera grandes conflitos.

 

Eu ainda quero respirar liberdade, fraternidade e igualdade no ar que envolve toda terra e sairmos as ruas gritando: o planeta terra é para os humanos, independente do país em que nasceram!