09 - DAS BELEZAS NATURAIS -





O Pico do Amor, no bairro Campestre, representava, e ainda o é, um dos pontos de beleza natural mais freqüentado.

Pelas meninas somente durante o dia, mesmo assim acompanhadas por parentes.

Nas noites, principalmente na lua cheia, grupos vinham fazer Serestas à luz de velas (assim como nos dias de hoje).

Lembro-me bem de certo piston com surdina do Minervino Pena, de saudosa memória, bem como,
Alcimar do piston o Domingos do Saxofone, Edgar do Violão, o Manjair, o Teté e o João Cauby emprestarem suas vozes numa oferenda à Lua.

Estes eram, vamos dizer assim, integrantes de uma orquestra.

Mas a ala jovem também tinha lá seus valores.

Eram grupos e Bandas formados por jovens do nosso bairro que faziam sucesso onde quer se apresentassem: “The Angels”, originalmente composta por Rui Manoel, Airton Cornélio, Roilon, Bernardo, Geraldo Leandro e Anísio Rocha, foi a primeira; logo vieram outras, como “The Birds” e “Ases do Ritmo”

Não era tão somente o Pico do Amor, já visitávamos o Alto dos Pinheiros para avistar um pouco mais das belas paisagens escondidas atrás dos montes.

Mesmo quando lá era ainda um pasto, onde nós furtivamente íamos buscar lenha, buscar esterco e colher uma espécie de juá maduro de estranho doce. (ver a crônica: Meninos garanto, eu vi...)


Assim, o próprio Pico do Amor está sendo dotado de toda uma estrutura para continuar sendo um local aprazível, agora com o Memorial de Drummond e o Teatro de arena.

A criação do Parque Ecológico da Mata do Intelecto, com sua bela passarela fazendo ligação do memorial com a área das trilhas dentro do Parque.

Não posso esquecer a réplica da Fazenda do Pontal na encosta do morro do Alto dos Pinheiros!

Todos esses locais constam necessária e inevitavelmente dos Caminhos Drumondianos a serem percorridos.
Vem reforçar a presença de turistas em visita a nossa Itabira.


Fica aqui uma sugestão já considerando o Alto dos Pinheiros como um local que é espaço para visitas:
Que tal a montagem de um Mirante com um Restaurante Panorâmico para observação das belezas dos quatro cantos da cidade?

Será mais um espaço a ser colocado definitivamente no roteiro.

Lá, onde já se encontram duas rádios e uma faculdade, seria muito bom!
Até mesmo olhar lá pros lados do Pontal e da Chácara ainda que para vislumbrar um cenário de terra arrasada.
Ônus do progresso!

Bem como se diz “em Minas as belezas ficam escondidas como o próprio horizonte”.

Do Campestre, Bairro dos meus sonhos, guardo as melhores lembranças.

Longe da pretensão de contradizer o Poeta maior:
– de Itabira trouxe este couro de anta... esse alheamento...

No nosso caso, não há alheamento há sempre um mergulhar de cabeça em tudo que se faz, ou melhor, fazemos neste “Bairro” que às vezes entre brincadeiras ousamos afirmar:
“Itabira faz parte do Campestre”.

Falando em outros valores vamos destacar a Igreja Nossa Senhora da Piedade que até já deixou de ser pequena.

Ela abriga maravilhas em seu interior...

Não estamos falando de ricos ornamentos, sim dos fieis que freqüentam as atividades religiosas.

Como nos lembramos dos pontos culturais e locais imperdíveis para visitação, vieram-me à memória os bailes e horas-dançantes promovidas no Valério onde os mais tímidos, somente dedicavam olhares para as garotas que eram levadas pelos pais.

O que mais se observava era a elegância discreta das senhoras que lá freqüentavam.

Por falar em elegância, um ícone era sem dúvida o Manjair, sempre com suas calças e camisas impecavelmente limpas e engomadas como se usava.
Nas horas dançantes e bailes, não se viam mal vestidos sempre trajamos nossas melhores roupas.
As mulheres, nada de rolinho na cabeça nos bailes.

Ainda citando o bem-vestir, o clã “Ventura” era pura tradição de “Pai para filhos.”

Claro que existiam muitos outros elegantes, mas ainda que eu queira não dá para citar todos, alguém acabará por ficar de fora.....

Assim se passaram 10 anos, 20,30 e 50 anos se passaram.

“A vida corre depressa como água fugindo por entre os dedos.”
Ao Campestre,
Bairro onde vivemos os momentos mais felizes da infância à adolescência.
Aos amigos campestrinos ausentes ou não declaramos um eterno caso de amor.
Agora buscamos agora melhor qualidade de vida, pois,
“a fila anda”.

O destaque acima é somente um gancho para continuarmos.
“Tem ainda uma história sendo escrita por todos, se você é protagonista ou coadjuvante se é um drama, aventura ou comédia o que importa acima de tudo é que você está no comando escrevendo a história da sua vida.
Seja reflexivo, mas, faça acontecer.
“Deixa a vida me levar.” Só fica bem em letra de samba!”

Informações ao leitor:
Esta história completa compõe-se de oito outros textos:
01- Futebol no Campestre um caso...
02- A Galera
03- Os caminhos da Chácara.
04- A Chácara Minervino Bethônico
05- As aventuras
06- Como disciplinar
07- A Espera
08- Campestre, O bairro, um caso de amor
09- Das belezas naturais
VEM AÍ O ENCONTRO ANUAL DOS CAMPESTRINOS!
AGUARDE, PARTICIPE! DIAS 18 E 19 DE JULHO.
CLAUDIONOR PINHEIRO
Enviado por CLAUDIONOR PINHEIRO em 01/07/2009
Reeditado em 15/10/2010
Código do texto: T1676572